Texto na íntegra é uma contribuição do Ivã Balbino.
Caro César,
Olhando Delmiro Gouveia, percebo que as autoridades poderiam dar melhor aproveitamento para alguns lugares alí existentes.
Já vi neste Blog alguma referência a este prédio antigo vizinho da casa do Sr. Rosalvo Souza. Naquela oportunidade, soube da importância que este teve no passado. No entanto hoje "ainda" resta a fachada.
Vamos ver o que acontece.
Quanto ao uso da casa da Dona Natércia e do Sr. Alfredízio, pela importância que ela teve como pessoa e exímia professora... já pensou aquela casa transformada em um espaço cultural?? Uma biblioteca por exemplo??
Caros amigos, foi naquela casa que tive meu primeiro contato com Graciliano Ramos e Jorge Amado.
Eu brincava muito lá na rua Vicente de Menezes, mas a minha mãe me deixava sob os cuidados de Dona Natércia, Dona Lourdes (Sr. Nininho) e Dona Amália (mãe de Divaci). Era segurança total, com horário para tudo!! É que naquele tempo, tinha um negócio de se "respeitar os mais velhos". Tempo Bom!!!
Entre tantos vizinhos maravilhosos que tive naquela rua, não posso deixar de mencionar a paciência de Zito Menezes, que comprava os brinquedos da "moda" para Dado (hoje Sr. Eduardo rsrsrs), Dona Lindaura e o Sr. Rafael, Sr. Nouzinho, Dona Maura e tantas outras pessoas!!
Ah, não é que eu tenha nada contra a Briosa Polícia de Alagoas, mas é que nem daria tanto trabalho assim para a biblioteca, pois o acervo que ela possuía, daria perfeitamente para concretizar tal idéia.
Refiro-me à polícia, pelo fato de hoje está instalado ali, um Quartel da Polícia Militar.
Grande abraço e felicidades!!!
Ivã Balbino de Souza
Olho D`Água do Casado
15 comentários:
Em posts passados falamos deste prédio na rua D.Pedro II. Mas nada impede de retomar o assunto. O Ivã nos traz tb o nome de moradores desta parte da nossa Macondo. Quase em frente a casa de D.Natércia fica(va) a de D.Lindaura.
Pelas manhãs nos idos de 69/71 eu ia buscar o leite na casa de D.Lindaura. O Leite vinha de jeep de uma fazenda próxima. E enquanto o leite não chegava a meninada aproveitava para ficar brincando de "se esconder" nas ruelas e becos adjacentes. Ailton Moreira é desta época tb.
Isso mesmo César, durante muito tempo fui buscar o leite todas as manhãs na casa do seu Rafael. Me recordo muito bem da Dona Lindaura, uma pessoa muito boa e paciente com aquela meninada toda que fazia uma bela bagunça quando o leite chegava no Jeep verde do seu Rafael. A respeito da fazenda do seu Rafael, até os idos dos anos 60 era atrás da rua da Matriz, a porteira da fazenda ficava no fundo da casa da minha mãe, tomei muito leite quentinho tirado do peito da vaca de manhã bem cedinho. Por volta de 1969 foi tudo desativado e construida a COHAB.
Alguém lembra disso??
Quem não viveu esses tempos não consegue imaginar que DG era cercada por "fazendas". Além da pertencente ao Seu Rafael, tinha as de Seu Agenor, Seu Adão e Seu Odilon e Jaime. Os três últimos tinham o mesmo sobrenome "Queiroz".
D. Natércia, minha saudosa professora de portugûes e história do Brasil. Tinhamos ligação familiar através de ancestrais comuns e ligação intelecutal. Senhora culta e de conversa agradável sempre a visitava quando ia a DG rever os parentes. Como tantas outras professoras delmirenses deveria ser mais lembrada para que as novas gerações conheçam a sua contribuição para a formação das gerações que no passado cruzaram os portões do GEDG e do GVM. concordo com o Ivã. Em uma casa onde se respirava cultura onde deveri estar funcionando um museu ou algo parecido. O quartel da policia poderia estar alojado em outro local, talvez até com maior área construída e maior espaço disponível para estacionamento, etc.
também concordo com o Ivan, essa casa é um patrimônio histórico de Delmiro e deveria ser preservada. Pois um povo sem história é um povo sem memória.
Fiquei muito feliz de ter lembrado de Tia Amalia e tambem Tia Maura que morava na casa de esquina, hoje pousada da Madá, já fiquei lá na pousada algumas vezes, mas não esqueço aquela rua e princimpalmente da casa que fiquei triste com a reforma.
Eu não sabia que a fazenda de Seu Rafael tinha sido onde hoje é a COHAB. Morei visinho a ele nos anos 70 e a fazenda, nessa época, ficava próximo ao cemitério velho. A entrada era na Rua Duarte Coelho e a fazenda começava por trás das casas e terminava no Riacho Batoque, que fazia limite com o cemitério, e margeava a Rua do Curtume. Hideraldo Luiz Gomes (conhecido mundialmente pelas pessoas de Delmiro Gouveia por Hada) trabalhava lá cortando palma, as vezes eu ia ajudá-lo, por não ter o que fazer. A propriedade ainda existe, não sei se continua sendo dele. Meu visinho da esquerda era Seu Rafael e o da direita era Dona Amália, Ivã morava acho que duas ou três casas depois de Dona Amália. Em frente morava Dona Natércia.
E por falar em Dona Natércia, lembrei de uma história que meu pai me contou:
Era pleno carnaval, não sei de que ano, e um bloco carnavalesco tava passando pela Rua Vicente Menezes, Dona Natércia estava no portão olhando o movimento quando um topógrafo chamado Tabajara, que trabalhava em uma empresa que prestava serviço para a CHESF, ia passando marcando o passo do frevo e ela disse:
- Mas Tabajara, você já está bêbado a essa hora.
E ele, levantando a mão direita em forma de concha, disse:
- Quem cagou na minha mão.
E seguiu em frente com a mão levantada, continuando com a marcação do frevo.
Rsrsrsrsrsrsss...
Eduardo, toda a extenssão onde é a COHAB, na verdade eram duas fazendas, a do Sr. Rafael, já comentada e vizinha ela, do lado direito, era a fazenda do Sr. João Pacífico, não tenho certeza, mas acho que eram irmãos ou parentes bem próximos. A lateral dessa fazenda ficava em frente à casa do Sr João Vieira, pai do Gilmar (cabeção) e os fundos ficavam próximo às olarias do Sr. Alventino, irmão de Cícero e Né Gobeu.
Pois é, eu não sabia disso. Provavelmente ele tenha comprado a fezenda que falei com a idenização da que ele tinha no local onde hoje é a COHAB ou, quem sabe, tinha as duas. Aliás, ele tinha outra propriedade fora da zona urbana, não se se em outro município, de onde ele trazia as palmas para serem cortadas por Hada na fazenda que falei.
Não lembro(acho que não alcancei mesmo as tais fazendas). Daquele trecho antes da Cohab lembro-me apenas da antiga "matança" quando na cidade ainda não havia matadouro. A mesma ficava próxima de onde hoje é o colégio Luiz Augusto.
Estas lembranças são muito interessantes!!
Caros amigos, a outra fazendo do Sr. Rafael ainda pertence a ele e fica próximo do futuro Campus da UFAL.
Sei que as informações precisas de Eduardo (Dado/IBGE) mas como ele não recordava da tal fazenda, resolvi lembrá-lo.
Pessoal, gostaria que alguém escrevesse sobre um Senhor magra, alto, que na minha infância percorria as ruas de Delmiro acendendo as lâmpadas. Nome? Quem era? A qual família pertencia?
Interessante. Sempre o aguardava, para vê-lo ligar a chave em frente a casa de Dona Araci, mãe de Hada, vizinha a George Lisboa. Lembram disso?
Grande abraço!!!!
Amigo cesar quantas vezes fiquei a espera da caminhonete de zé pilão para vender os doces em piranhas,morava enfrente a este casarão que na época ainda tinha telhado e mais abaixo a padaria do toinho yoyo enfrente a do senhor rosalvo souza com aquela familia maravilhosa gente humilde e amiga sem falar da hora do almoço quando passavam aquela boiada quase entrando na minha sala esta era a dom pedro segundo rua animada aos fins de semanas com bailes no salão da padaria. Abraço forte Francisco (vulgo barriga verde).
Amigo César,
As olarias de Alventino e Né Gobeu eram às margens do riacho que hoje é o canal de esgoto. As referidas olarias eram na verdade a Cohab Nova. As olarias que os colegas se referem como sendo em frente ao cemitério era o sítio de Alventino Gobeu(meu tio)esse sítio ele vendeu ao antigo BNH para a construção da Cohab Velha. Esse sítio era a maior prova de quem era o ladrão maior de frutas (as Goiabas de tio Alventino pesavam meio quilo) por isso, a disputa pra ver quem roubava mais. Quero lembrar também de Tonha dos Cocos, que fazia as melhores cocadas do mundo. Elas eram caramelizadas por causa de tanto açucar; os torresmos de Darcy Gobeu; o arroz doce de Dona Pureza; os oleos curadores de Pai Velho, lembra? os ternos de Antonio Alfaiate; o bar de Bilú; o cabaré de Alventino Gobeu, lá na Rua do Carrapicho; a famosa frase: lá vem a lua saindo branquinha que só leite atirei no prefeito, derrubei a caixa d'agua, autor: Moisés Bezerra, vulgo:Mestre Pinho. São tantas coisas a lembrar. Aqui vão algumas perguntas que muitos gostariam de saber suas respostas: quem colocou o apelido de: cabeça de capacete em Watson Clementino? Por que Tonho de Yoyô? Gobeu, de onde vem esse nome? Que fim levou Tarzan Boca de Ouro? Porque Chico do Berimbau se zangava quando era chamado de Bilú téteia? Mussolino, por que silvinha se zangava tanto? Por que a casa de Padre Fernando só vive em ruínas? Essas perguntas dificilmente serão respondidas, concorda?
Amigos, sou saudosista como todos vocês. Ví um comentário de uma pessoa quie perguntava quem era o senhor magro que acendia as lâmpadas dos postes de delmiro? Esse cidadão chamava-se Dodô, faleceu há mais ou menos quinze anos. Existe uma curiosidade em Delmiro que poucas pessoas sabem: Existe um grupo de senhores que acompanham todos os enterros que ocorrem em Delmiro Gouveia. São eles: Ailton, filho de Dona Áurea que era locutora do PRPC, Mestre Pedro, Maucílio, Zé Farias e Zé Charuto, este último faleceu recentemente. Inclusive fiz uma reportagem sobre eles em meu jornal. Em 16 de setembro de 2009 acontecerá em Delmiro Gouveia, o 2º Festival de bebidas nos Penicos e a 1ª Maratona do Furdunço, organizados pelo Galego do Seguro. Essas festas estão no calendário turístico de Alagoas; já saiu em vários canais de televisão. Cada doido com sua mania
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