quarta-feira, 8 de abril de 2009

Pontos Turísticos Delmirenses: Usina de Angiquinho

Por aqui temos sempre priorizado mais o lado humano, prosaico e pitoresco da nossa Macondo Sertaneja. A história oficial do pioneiro Delmiro Gouveia e da cidade já foram objeto de centenas de livros, matérias de jornais e estudos acadêmicos. Por isto não se fala muito disto por aqui. Afinal há tantas fontes mais abalizadas e profícuas. Mas como também não há regras fixas em nosso blog, então vamos fazer um post com os materiais enviados pelos nossos colaboradores: Paurílio (Recife) e Eduardo (ponte aérea Delmiro /Maceió) e o Tiago(Aracaju)

O texto abaixo por pura preguiça e falta de originalidade foi copiado na íntegra da Wikipédia. Creio que servirá para despertar o interesse dos parcos visitantes que aqui chegam e ainda não conhecem a saga do “desbravador dos sertões” e da construção da primeira hidrelétrica do nordeste. E logo em seguida os vídeos com fotos antigas e imagens recentes da famosa e bela cachoeira de Paulo Afonso. Eu nos doze anos em que morei em Delmiro, não tive a oportunidade de ver este espetáculo da natureza.

Inaugurada em 26 de janeiro de 1913 pelo então empresário Delmiro Gouveia, 1ª hidrelétirca da Cachoeira de Paulo Afonso e a 1ª do Nordeste tinha como objetivo fornecer energia elétrica a uma grande industrial têxtil chamada de Companhia Agro Fabril Mercantil localizada na cidade de Pedra(hoje Delmiro Gouveia). Sua energia era bastante também para alimentar uma bomba d’água que abastecia a mesma cidade, distante aproximadamente 24 km da cachoeira. A Usina de Angiquinho fica a poucos quilômetros de Paulo Afonso, na Bahia.
Para construir Angiquinho, Delmiro foi à Europa adquirir o maquinário necessário, e acabou por contratar um engenheiro italiano para projetar a empreitada. Também foram contratados engenheiros e técnicos franceses para montar Usina. Conta a história que ao verem a localização da casa de máquinas da Usina(que era encravada no paredão do cânion do rio) não hesitaram em tentar recuar sendo barrados por Delmiro que o obrigaram a descer em elevador improvisado por cordas trançadas de couro, debaixo da mira de uma arma. Como a casa de máquinas da usina ficaria no paredão do cânion do São Francisco- local de difícil acesso- houve quem duvidasse do sucesso da obra.
Fonte:Wikipédia

Agora é com vocês. Lembrando que as imagens recentes são de fevereiro de 2007 e foram enviadas pelo Eduardo Menezes.





9 comentários:

Eduardo Menezes disse...

Esse é um momento raro de se ver, normalmente os comportas estão fechadas e só se ver as pedras, o que é muito bonito de se ver.
Nessa época tinha chovido muito na "cabeceira do rio", então, devido ao grande volume de água houve a necessidade de abrir as comportas mostrando assim as belezas da natureza que o homem interfere.

Uma coisa: Não sei exatamente o que quer dizer com chuva na "cabeceira do rio", se exatamente na nascente do rio ou se em determinado trecho do dito cujo. Mas pelo menos foi isso que disseram.

Paurílio disse...

Eduardo, sempre ouço também essa expressão "cabeceira do rio" e deduzo que se trata mesmo da região onde inicia o São Francisco. Quando chove muito "pra cima", especialmente em Minas Gerais, pode verificar que por causa desse fato o rio bota muita água e os reservatórios chegando ao máximo das suas capacidades, têm suas comportas abertas e somos premiados com o grande espetáculo da cachoeira, mesmo que por pouco tempo.

Paurílio disse...

Há muitos anos, já morando em Paulo Afonso, uma vez ou outra eu ia até a cachoeira, pelo lado alagoano, com grupos da escola ou da igreja, a pé em alegres passeios ou piqueniques de final de semana. O rio ainda tinha bastante água, a cachoeira ainda existia, plena, assustadora. E num certo rochedo estava essa placa que lembra a visita de D. Pedro II, fincada num pedestal. Hoje ela se encontra no lado baiano, à beira do precipício na chamada Ilha do Urubu (CHESF) de onde se vê a Angiquinho. Já li que houve muita polêmica entre alagoanos e baianos por causa da transferência da placa, tendo a CHESF alegado que agindo assim, evitava que a mesma fosse roubada.

César Tavares disse...

Ainda há em estoque e tb enviadas pelo Eduardo mais de duas dezenas de fotos sobre o mesmo tema. Para não ficar muito saturado o assunto vou "cevar" para outro momento.

Paurílio disse...

O primeiro vídeo traz também a foto da carreta usada para transportar os equipamentos na costrução de Angiquinho. Ela também se encontra hoje na área da CHESF, no mesmo local onde está a placa comemorativa da visita de D. Pedro II. A carreta era puxada por bois. Já li que depois deste feito Delmiro mandou soltar esses animais no pasto e não mais foram utilizados para qualquer tipo de trabalho. - Também no primeiro vídeo, a última foto mostra o que seria mais uma usina idealizada por Delmiro, com quatro turbinas. Chegaram a ser feitas encomendas na Suiça e nos Estados Unidos. Mas, morreu o homem, morreu o projeto. Ainda hoje estão ali as bases do grande empreendimento, bem perto da Furna dos Morcegos - já tive o privilégio de chegar até lá.

Unknown disse...

naum lembro desse tiago de aracaju seria eu tiago do recife rsrs eheheh abracos a todos hehehe

César Tavares disse...

Tiago eu coloquei de Aracaju só para "testar" de vc estava lendo o blog. (risos). Esta era a desculpa que usávamos para não admitir erros cometidos. Vou deixar como foi inserido pq se retirar o seu comentário não faria sentido. Mas nas próximas edições prometo corrigir.

Abraços e continue mandando suas colaborações.

Anônimo disse...

Em breve, um texto de minha autoria, virá a lume numa publicação nacional, contando a trajetória da Usina Angiquinho, bem como acopanhadas de imagens inéditas. Aguardem! David

César Tavares disse...

Assim que sair a publicação David é só enviar uma cópia da capa do livro que divulgamos por aqui. Sucesso