Nas versões anteriores do blog uma vez ou outra aparece aquelas fotografias que quase todos guardam nas gavetas: Desfiles de 7 de setembro.
E que atire a primeira pedra que não as tiver. E hoje o nosso colaborador Rosival Souza nos envia algumas das suas.
Talvez o ano de desfile seja também 1976. E era um dia chuvoso. Lembro-me que no último ano que desfilei foi justamente em 76. Ainda fazia a sétima série à noite no GVM. E o feriado caiu num domingo. E neste bendito dia choveu horrores. Subir a Rua do ABC com roupas ensopadas e sapatos encharcados foi lasca. E mais lasca ainda era que eu trabalhava o dia inteiro na fábrica e tinha a obrigação de desfilar. É isto mesmo: obrigatório. Não era opção coisa nenhuma. E se o cabra não fizesse e no dia seguinte não apresentasse justificativa era chamado na secretaria pela Valdinha ou Ieda(falecida) e o Dr. Watson ou Seu Monteiro aplicavam a suspensão de três dias úteis. Assim como também era obrigatório na primeira semana de setembro, comparecer todos os dias pela manhã no pátio do Ginásio para cantar o hino e hastear a bandeira. Eram anos de “Brasil Grande” e ufanista imposto pelos tacões das botas dos militares.
Mas na realidade não sabíamos de nada do que rolava nos porões do regime. No fundo tínhamos até certo orgulho besta de desfilarmos de roupa de gala completa: camisa branca de mangas compridas, calça azul-marinho, gravata também azul-marinho, sapatos pretos e com um par de luvas brancas dependuradas na cintura.
E aí quais as suas lembranças destes dias do passado? E será que alguém conseguirá identificar algumas das pessoas que aparecem nas imagens? (basta clicar em cima para ampliar o tamanho)
Agora é com vocês.
E que atire a primeira pedra que não as tiver. E hoje o nosso colaborador Rosival Souza nos envia algumas das suas.
Talvez o ano de desfile seja também 1976. E era um dia chuvoso. Lembro-me que no último ano que desfilei foi justamente em 76. Ainda fazia a sétima série à noite no GVM. E o feriado caiu num domingo. E neste bendito dia choveu horrores. Subir a Rua do ABC com roupas ensopadas e sapatos encharcados foi lasca. E mais lasca ainda era que eu trabalhava o dia inteiro na fábrica e tinha a obrigação de desfilar. É isto mesmo: obrigatório. Não era opção coisa nenhuma. E se o cabra não fizesse e no dia seguinte não apresentasse justificativa era chamado na secretaria pela Valdinha ou Ieda(falecida) e o Dr. Watson ou Seu Monteiro aplicavam a suspensão de três dias úteis. Assim como também era obrigatório na primeira semana de setembro, comparecer todos os dias pela manhã no pátio do Ginásio para cantar o hino e hastear a bandeira. Eram anos de “Brasil Grande” e ufanista imposto pelos tacões das botas dos militares.
Mas na realidade não sabíamos de nada do que rolava nos porões do regime. No fundo tínhamos até certo orgulho besta de desfilarmos de roupa de gala completa: camisa branca de mangas compridas, calça azul-marinho, gravata também azul-marinho, sapatos pretos e com um par de luvas brancas dependuradas na cintura.
E aí quais as suas lembranças destes dias do passado? E será que alguém conseguirá identificar algumas das pessoas que aparecem nas imagens? (basta clicar em cima para ampliar o tamanho)
Agora é com vocês.
19 comentários:
César,
É com pesar que informo o falecimento de José Serpa de Menezes, ocorrido hoje no Recife onde se encontrava internado já há alguns dias. O sepultamento será amanhã, por volta das 10:00h, em Delmiro Gouveia
Eduardo grato pelo aviso e lamento. Para aqueles que não conheceram o Serpa foi prefeito da cidade nos anos 70, e no post do dia 11/05 aparece em duas fotografias(8 e 10 e 11 de cima para baixo)
Cézar, seria interessante fazer um post específico, para o Dr Serpa, comentando sua vida de forma geral,com fotos e se puder algums fatos que o levaram a ser uma figura marcante para Delmiro.
Abs
César sem dúvidas DG perdeu um grande homem, quer seja no campo político como no profissional, Dr. serpa foi uma pessoa que pude conhecer de perto e admirá-lo pelas suas atitudes, se o amigo prestar uma homenagem aqui no seu BLOG, será mais do que justo.
ADAILTON
Alguém havia me falado que ele estava adoentado lá no Recife.
Descanse em Paz.
David
Gerd é uma boa sugestão. Mas o que eu conheço é pouco. Filho de Dr. Antenor e que tinha sido prefeito. Esposo da Drª Java(que me atendeu algumas vezes quando criança). E lembro-me de dois de seus filhos que não eram do meu círculo de amizades(Antenor e Cecília). No Jornal do Comercio(Recife-13/06) saiu uma notinha paga avisando do falecimento e que o funeral seria em DG. E nesta nota tb havia o nome dos familiares agradecendo(os já citados esposa e filhos e mais o nome de dois filhos que eu não conheço).
Entendo que pelas manifestações de vcs foi realmente uma pessoa importante na história da cidade. Portanto quem quiser enviar um texto mais longo e detalhado é só mandar para meu email que publico em seguida.
Lembro-me que o Dr. Antenor Serpa pai do José, quando faleceu em 1971(acho que foi neste ano mesmo). Faleceu em casa e de forma quase repentina. Foi uma grande comoção na cidade pois era uma pessoa bastante querida.
Fico no aguardo do material de vcs.
abraços.
PS:coincidentemente os blogs até então não traziam nenhum foto onde aparecesse o José Serpa e no antepenúltimo post a este ele está em algumas. Ou seja: foi lembrado por aqui sim.
César, o Dr. Serpa deve ter sido padrinho de casamento de um monte de gente em DG, como era costume. E, ao que me lembro, foi também no da minha irmã Eliane, sua colega de 8ª série (casamento em 1988). De que foi que ele morreu?Quantos anos de vida ele tinha? Com relação às fotografias do desfile, me parece que foram batidas ali na altura da Padaria de Seu Odilon Pambu.
André acho que as fotos foram tiradas no retorno que havia logo em frente a casa de Luiz Xavier. A Padaria era mais central. Vamos aguardar mais alguém comentar.
Tem razão César. Clareou quando ampliei a primeira foto...rsss. Eu particularmente, não achava problema nenhum em desfilar. Apesar de ser um ato impostivo, pelo menos, de forma torta ou não, dava alguma noção de pátria, de civilidade, ainda que vagamente, nas pessoas. Hoje o nível de liberdade da alto, mas tem levado às pessoas a fazerem muita besteira. Bem, se for começar a falar...deixa pra lá.
Não me consta que o Dr Antenor fosse casado. Creio que ele era tio do Dr José Serpa e este era filho de dona Natércia e seu Alfredízio.
Por um erro operacional meu nome foi rejeitado no comentário anterior.
Paurilio no post anterior alguém fez observação parecida. Mas o blog é para isto mesmo. E assim entre um equívoco e outro fazemos refazendo a história da cidade.
Voltando as fotos deste post. Talvez só o Eduardo lembre. A pessoa aparece de costas, vestida de forma social não seria a prof. Delma que tinha um fusca e morava ali na Freitas Cavalcante?
Ao abrir este espaço de comentários me deparo com relato de Eduardo sobre o falecimento de Dr. Serpa. Só tenho a lamentar sua morte, o muncípio perde uma grande figura que deixa gravada sua passagem na história, seja na atividade política, seja na atividade profissional, como clínico geral por tantos anos na Macondo sertaneja. Aos amigos, Antenor e Marcos, seus filhos de mim mais próximos, o abraço fraterno nesse momento de perda e dor, extendendo as condolências a toda família, em partcular Dra. Java, prestimosa médica que muito cuidou das crianças delmirenses [sou uma delas]. A vida, para nós, continua neste vale de lágrimas. De Soterópolis, Luiz Orleans.
César, falando sobre o desfile, infelizmente parece que em todo lugar o aluno não tem outra opção, a não ser desfilar. Também já fui colegial em Paulo Afonso, tanto primário como ginasial e a história não era diferente. Em Delmiro lá pelos anos 50 vi um desfile do GEDG e havia um participante que nunca esqueci - o cavalo de seu Délio (um dos donos da fábrica). Era um animal "ensinado", montado por Sebastião, fez sucesso com várias manobras e foi mais aplaudido do que as crianças que desfilavam.
César, uma curiosidade até engraçada contada por minha mãe: antigamente havia em DG uma parteira por nome Joaquina. No momento do desfile de 7 de Setembro ela ficava num ponto por onde passaria a meninada marchando. Dona Joaquina já havia aparado quase todas aquelas crianças e estas quando viam a velha, uma a uma gritava "A bênção, mãe Joaquina!" "A bênção, mãe Joaquina!" E a coitada ficava com o braço estendido, respondendo "Deus abençoe!" "Deus abençoe!" - até que todos passassem. Talvez não fosse a única parteira do lugar, mas com certeza a mais popular. Eu mesmo, conforme dizem, fui aparado por Mãe Joaquina. (Era um costume, talvez até como um sinal de respeito e gratidão, as mães ensinarem os filhos a chamarem de "Mãe Fulana" àquela que os aparou).
O Paurílio sempre nos traz uns comentários bastante interessantes. Este mesmo da parteira é um verdadeiro post. Pena que não conheci a figura da Joaquina.
Genial post and this mail helped me alot in my college assignement. Gratefulness you on your information.
Caros participantes deste blog,
Gostaria de saber qual a possibilidade de me enviarem as biografias dos drs. José Serpa de Menezes e Java Menezes. Eles foram médicos em Afogados da Ingazeira-PE na déc. de 60.
Em vista de tal, eles fazem parte da história da nossa cidade.
Há algum tempo venho tentando o contato com seus familiares, inclusive por carta, mas não recebi resposta. Tenho uma página na internet - www.afogadosdaingazeira.com - onde resgato a história da cidade e eles certamente figurarão na galeria de Personagens da nossa História.
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