sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Delmiro Gouveia: Nasce uma cidade.

O blog de vez em quando dá os ares de sua graça na história oficial da cidade. Ainda em agosto de 2008, foi publicado o material enviado pelo nosso colaborador Paurilio, que nos trazia a cópia do Diário Oficial com a “certidão de nascimento da cidade”(clique aqui). E eis que agora o Eduardo Menezes nos remete cópias das atas manuscritas deste evento.

O que achei interessante foi ampliar a fotografia e ficar tentando identificar o nome de todas as pessoas que participaram desta solenidade. E fiquei bastante orgulhoso em saber que o meu tio Adonias Mafra esteve presente em tal cerimônia. Há dezenas de nomes. Conheci algumas das pessoas que deixaram suas assinaturas em tal documento.

Vamos ao que interessa e para movimentar o blog que tal um desafio? : Será que os leitores conseguem lembrar-se de todas as pessoas que assinaram tal documento? Então que tal falar um pouco sobre elas?
PS: Lembramos que para ampliar as imagens basta clicar em cima das mesmas.



24 comentários:

Anônimo disse...

Alô, alô, som...testando. rs.

César Tavares disse...

rs rs rs mas pegando o mote do Alonson(irmão de Alda e Tita era um sujeito alto e magro que era chefe na camisaria.

Eduardo Menezes disse...

rsrsrsrsrsrsrss,
Rapaz... a coisa tá feia mesmo.

Eduardo Menezes disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
César Tavares disse...

Pois é Eduardo. Vc faz um esforço imenso em enviar sempre coisas e eu por aqui vou postando. Mas a safra tá ruim. Mas ainda continuo mantendo a coisa. Depois melhora(ou piora: há controvérsias).rs

E olha que neste tópico se o cabra pegar a listinha dos nomes dá para falar muita coisa. Há muita história a ser resgatada.

Anônimo disse...

Pois é Cesar, a lista é de pessoas bastante conhecidas em DG,confesso que conheci várias delas, porem tem uma que foi vice-prefeito de DG na gestão 77/82 Periodo da minha adolescencia, mas não consigo lembrar dele. Alguem sabe quem foi, Quem eram seus parentes em DG, Qual a letra da música oficial da candidatura Rosalvo souza, que incluia seu nome?
Adailton
Adailton

Paurílio disse...

História da nossa terra. Eduardo sempre nos traz surpresas. Na minha infância sempre ouvi falar sobre Arnon de Mello, Freitas Cavalcanti, Rui Palmeira - políticos que estão na história de Alagoas. Uma coisa interessante e que até então eu não sabia, o Dr Antenor foi prefeito de Água Branca. Outra curiosidade, se estou correto na minha verificação, entre tantas pessoas, apenas três mulheres aparecem assinando a ata sendo uma delas dona Natércia Serpa.

Eduardo Menezes disse...

Quando Dr. Antenor foi prefeito em Água Branca, meu pai trabalhou como tesoureiro, tinha recebido uma proposta melhor e saiu do escritório da fábrica. Hamilton Cardeal era Secretário.

Dona Natércia sempre foi atuante na política, foi ela quem sugeriu o nome de Rosalvo Souza para prefeito como sucessor e Serpa. Meu pai estava na reunião, mas só como "curioso".

Paurílio disse...

Lembrando ainda algumas pessoas que assinam a ata: alguns comerciantes que tinham vida destacada em DG - seu Quinzinho, dono da farmácia Ivo, que chegou a ser prefeito; José Maria, lojista e dono do Cine Pedra; Adão Queiroz, dono da Queirozina; Antonio Marques, lojista esposo de dona Donzinha. - Lembrando outros personagens: como acontece com toda cidadezinha, um padre é sempre autoridade e aí está o Padre Fernando. Também Antonio Carlos Menezes e seu Délio, donos da fábrica. Gaudêncio Lisboa, foi chefe da estação ferroviária da Pedra. Linduarte Batista, se não me falha a memória era avô de Eraldo Vilar que uma vez ou outra aparece aqui no blog. Gostaria que Eraldo dissesse alguma coisa. Zé Raul era um nome de destaque, chegou a ser gerente da fábrica. Antonio Lopes aparece assinando a ata na última folha, nos anos 50 era muito conhecido, alto funcionário da fábrica e diretor do antigo bar Iolanda, hoje Clube Vicente Lacerda de Menezes. Seu Adonias também foi gerente da Fábrica e por trazer Queiroz no sobrenome, peço que César diga se ele tinha parentesco com Adão.

Anônimo disse...

Inicialmente parabenizo o colega Eduardo pela publicidade de tão raro documento histórico sobre a cidade de DG. Importante frisar um informe praticamente desconhecido dos pesquisadores, bem como ausente dos livros de história e fontes do Ibge, que a partir da Lei nº 807, de 04/06/1919, sancionada pelo governador alagoano Fernandes Lima, foi criado o “município judiciário da Pedra” e a eleva à categoria de “Vila”, devido a seu visível progresso econômico-industrial, todavia, por injunções políticas a referida Lei não entrou em execução, o que inviabilizou a pioneira emancipação do lugarejo. Já nos idos de 1929 o poeta, deputado federal e juiz substituto de Água Branca, Mendonça Júnior, sugeriu que o vilarejo se denominasse Delmirópolis. Talvez com a emancipação tenra a localidade tivesse uma outra “cara”, pois com o impedimento da referida Lei, Água Branca continuou abocanhando a arrecadação, rendas estaduais, etc.

Já é popularmente conhecido que somente com o decreto-lei 846, de 01/11/1938, fica criado o distrito Pedra. Em seguida, o dec.-lei 2909, de 30/12/1943, muda a denominação para somente Delmiro, embora já conhecida pela comunidade por “Pedra de Delmiro”.
Daí aparece o documento trazido pelo Paurílio que é a lei de 1952 que cria o município com o nome Delmiro Gouveia; por fim, a instalação em fev 1954, cuja ata é assunto do tópico. Ocorre que com as primeiras movimentações para a organização da Chesf, ocorrida em 03/10/1945, acontecem mobilizações, principalmente políticas, para que o nome do pioneiro não seja esquecido.

continua...
David

Anônimo disse...

O jornal maceioense Diário do Povo publica uma série de artigos, em 1948, reivindicando o nome do pioneiro e a elevação de categoria de município à localidade; atribuindo “capricho político” a razão de ainda não ter sido emancipado e que se deveria "resgatar a dívida que Alagoas ainda não pagou à memória de Delmiro Gouveia" gira o discurso dos artigos. Em fins de 1949, o deputado alagoano Mello Motta apresenta à ALE projeto de lei para a elevação a município com o nome DG, porém não logra êxito.

Certamente conchavos políticos foram as razões para que se desse aprovação da Lei em 1952 e, conseqüentemente, a instalação munícipe em 1954 coincidentemente, ou não, no pontapé inicial da gestão do então primeiro prefeito Sr. Alfredízio Menezes. Pela lista da ata, certamente se encontram os partícipes dessas incitativas mencionadas linhas acima. A exemplo do Sr. Linduarte Baptista Villar, que comandou a prefeitura aguabranquense nos idos de 1935 e 1936.

Adailton: o vice-prefeito na gestão 77/82 foi Adolfo Norberto Lima.
Paurílio: Antenor Serpa comandou a prefeitura de Água Branca de 03/10/1950 até 03/10/1955 quando passou o “bastão” para Gilberto Gomes Vilar (falecido em 1956).

Eis tudo.

David

César Tavares disse...

Verdadeira aula de história trazida pelo Eduardo, Paurílio e o David. Uma série de dados e fatos interessantes. Um verdadeiro resgate que acho que poucos tinham conhecimento. Legal saber que o blog está contribuindo na divulgação disto. Pena que poucos visitem o espaço.

Paurílio meu último sobrenome tb é Queiroz.E por erro do escrevente meu pai é o único irmão que nao traz Mafra no sobrenome. Pois o nome do meu avô era Antonio Queiroz Mafra. E nome do meu pai ficou Antonio Queiroz Filho. Ora se era filho teria que vir obrigatoriamente o Mafra.

Mas, que eu saiba, não tínhamos parentesco com a família do seu Adão Queiroz não.

Grato a todos pelos comentários até então postados.

Anônimo disse...

Muito interessante. =) Sempre me interessei por história urbana. Há um tempo, fui atrás dos documentos de criação aqui da minha cidade (Campo Grande), mas só tive acesso a cópias de jornais da época, noticiando sobre o assunto. Achei interessantíssimo que, na mesma edição do jornal, se encontra a notícia da "proibição" de charretes e baias para cavalos na região central da cidade. =) Muito gostoso saber desses detalhes do passado.

Paurílio disse...

Mais história. O complemento de David é bastante esclarecedor. No segundo comentário, ele traz o nome de Gilberto Gomes Vilar que substituiu o Dr Antenor na porefeitura de Água Branca. Eu era menino quando ouvi falar da sua morte, creio que foi assassinado, em praça pública, em pleno mandato. E pelo que ouvi, os responsáveis pelo crime foram parentes seus. Gostaria que David, se souber sobre o fato, nos dissesse algo. Também, pelo sobrenome Vilar, dá a entender que Linduarte e Gilberto eram parentes. Era uma família de políticos que juntamente com os Torres atuava naquela região. - Nosso amigo Eraldo Vilar bem que poderia nos trazer esclarecimentos.

Anônimo disse...

Colega Paurílio, na verdade, as famílias Vilar e Torres já se digladiavam há alguns meses devido a disputas políticas do ano anterior, culminando, inclusive, com o assassinato do Sr. José Torres que era casado com uma filha do Linduarte Vilar. Os Vilar elegeram o prefeito (Gilberto Vilar), um deputado estadual (Renato Vilar, irmão do Gilberto) e o presidente da câmara municipal (Linduarte Vilar, clã da família). Ocorre que em março de 1956 foi assassinado Hercílio Correia (UDN), ex-prefeito de Água Branca, junto com um empregado seu, de nome Noel Souza.

Em meio a onda de ameaças que rondava a região, o deputado Renato Vilar foi pedir auxílio e cobrar providências do então governador Muniz Falcão; sendo que na manhã de 11 de maio de 1956, seu irmão Gilberto Vilar (UDN), foi alvejado a tiros quando ia para a prefeitura de Água Branca, por dois pistoleiros, que depois fugiram para a fazenda São Bento, propriedade dos Torres.

Isso é o que sei, porém, caso o colega César Tavares ou algum parente das famílias citadas pense que fui deselegante na narração dos fatos, fiquem à vontade para remover o comentário.

David

Paurílio disse...

César, temos mais história. Este blog é espetacular. Quando a gente pensa que vai acabar, surgem temas que nos levam a épocas bem atrás e que nos fazem investigar fatos que têm tudo a ver com a nossa terra e com personagens a ela relacionados. David é um verdadeiro arquivo, guardador de muita coisa interessante sobre a nossa região. - Trago ainda na minha mente algo sobre o assassinato de José Torres, na época eu era bem pequeno, mas me recordo que foi assunto badaladíssimo em DG e por muito tempo.

César Tavares disse...

David seus comentários são dados históricos. Portanto não tem nada de deselegante. E eu que nada sabia sobre estes fatos estou sabendo agora. Quando criança em DG ouvia bastante o quanto era acirrada as disputas políticas na vizinha Água Branca.

E caso queira enviar textos como postagens é só avisar por email.

Grato e abraços.

Unknown disse...

Sou parte da família Vilar,neta de Linduarte Batista Vilar e sobrinha de Gilberto Gomes Vilar e Renato Vilar, portanto, vivenciei quando menina, os fatos narrados nos comentários postos aqui,inclusive,do assasinato do meu tio(estava eu na escola) quando ocorreu a notícia...Foi uma época muito triste e cruel para ambas as famílias que perderam seus entes queridos, e gerou um divisaõ entre as famílias Vilar e Torres,oriundos da política existente na época.

Paurílio disse...

Aí está um bom esclarecimento trazido por Gilda sobre os Vilar. Outra cidade que despertava muita atenção por causa da disputa política, era Mata Grande, pertinho de Delmiro. Ainda tenho comigo o restinho de um exemplar da revista O Cruzeiro, de Out 50, que herdei da minha avó (ela era de Mata Grande), onde está a reportagem sobre o assassinato de 3 pessoas da família Malta, mais um empregado deles, todos num mesmo dia, sendo apontado como mandante Moacir Peixoto, prefeito da cidade. Era época de eleição, houve intervenção do Exército, etc, etc.

Anônimo disse...

E por falar em assassinatos. Alguém sabe comentar em que pé ficou os dos Senhores: Sebastião da Farmácia e do pai do Tonhão?
Cleide.

Marcos Antonio disse...

Olá Meu nome é Marcos Antonio de Maceió-AL, estou pesquisando sobre a vbida de meu Avô, que saiu de floresta-PE e foi para Agua Branca -AL la mudou o nome de Manoel Dantas de Souza Ferraz para Manoel Dantas Corrêa. Meu pai erra José Laercio de Souza Ferraz e meu avô mudou para José laercio Corrêa. Acredita-se que a mudança se deve ao fato dele ser primo de Hercilio Corrêa que era prefeito de Agua Branca. vi alguém falar sobre o fato nesse blogger. estou indo em Dezembro a cidade de Agua Branca tentar saber mais sobre essa historia. se alguem puder me ajudar, entra em contato. ( email: martelodeferro@hotmail.com) 82 988036180

Unknown disse...

Ola, me chamo Emerson Vilar e gostaria de trocar informações com vc.

Unknown disse...

Olá, boa tarde! Gostaria de entrar em cobtcon com Vc. Acredito que possa me ajudar com informações sobre minha família.
Meu nome é Emerson Vilar sou de sao Paulo

Marcos Antonio disse...

Bom dia , meu nome é Marcos, sou de maceio. Meu pai é primo de Hercílio Corrêa. Hoje ele tem 78 anos e estou querendo fazer uma viagem a Água Branca para reviver sua infância. Que lendo seu relato diz está tudo de acordo com o que ele lembra.