terça-feira, 8 de julho de 2025

Centro de DG no início dos anos 2000.


Resgatando textos.

Texto do Prof. Paulo da Cruz. Postado originalmente em 28/agosto/2006 na primeira versão deste blog, na época teve 15 comentários. Pena que não há como recuperá-los

 Centro de DG no início dos anos 2000.



Quem vê o centro comercial de DG hoje, barulhento, com calçadas modernas e bares de rua, não pode imaginar, a menos que já tenha vivido um bom tempo, como era isso no passado.

Na década de 60, por exemplo. A atual Av. Castelo Branco, onde fica o centro nervoso do comércio em DG, já teve vários nomes. O primeiro, pelo que sei foi Rua do Progresso e começa onde foi o Cine Real e ia até a casa de Zé Balbino (dono do ônibus que fazia a ligação DG/Paulo Afonso. A partir daí era Rua Petrolândia (acho que influência da via férrea que passava ao lado) até a casa de Pedro Camilo. A partir daí era Alto da Paz. As linhas limítrofes podem ser um pouco diferentes (a minha memória já não é a mesma) mas era mais ou menos isso).

Essa confusão toda acabou na administração do Dr. Ulisses Luna, que como prefeito, no início da década de 60, urbanizou essa área com calçamento, plantio de árvores, etc. Para dar um toque final ele construiu um arco na saída da cidade, no Alto da Paz, e juntou todas as ruas em uma avenida que denominou de Carlos Lacerda. Nessa época Lacerda era um dos prósceres da UDN, partido que dominava a política em DG rivalizando com o PTB. Era a época dos caras-branca e caras-preta (assunto pra um post futuro). Entendeu o nosso doutor que Lacerda devia ser homenageado e deu nisso: Av. Carlos Lacerda, a primeira de DG e talvez a única até hoje. Anos depois soube que o nome já não era mais o mesmo. Tinha sido mudado para Av. Castelo Branco, o primeiro presidente no regime militar. Lacerda tinha caído em desgraça e alguém, não sei quem foi, achou por bem mudar o nome da avenida. Quem assistiu a série da Rede Globo sobre Juscelino Kubischek deve ter tomado conhecimento do que aconteceu com Lacerda.


A inauguração do calçamento, arborização e arco do triunfo foram dia de festa em DG, com direito a músicas marciais na PRPG, desfile dos alunos do Ginásio Vicente de Menezes (dos freqüentadores desse blog eu e creio que Gilda Vilar, esteve presentes desfilando, rs) e muitos discursos. Por falar em festa o centro comercial sempre foi o palco para os desfiles em datas festivas.

Em uma cidade onde não se tinha o que fazer a época dos desfiles era um momento para balançar um pouco a velha modorra. A agitação, no centro, começava com os ensaios, ansiados por grande número de alunos por ser uma forma de escapar das aulas. A cidade parava para ver os alunos ensaiando. Inicialmente eram feitos os preparativos no pátio do GVM, já atraindo os curiosos que se aboletavam no muro pra ver o Sargento Gerson (quem lembra dele) dar instruções de ordem unida. Depois sempre havia uma formação em frente do GVM com uma conseqüente treinada, digamos assim, pelas ruas adjacentes, toda a Av Carlos Lacerda, indo até o arco, Rua da Travessa, Rua do ABC, saindo na Rua Olavo Bilac e retornado ao GVM. Em dia festivo, 7 ou 16 de Setembro, toda a movimentação ficava concentrada no centro, mais ou menos, a época entre A Queirozina e a loja de Dimas, que devia ainda ser conhecida pelo nome do seu pai (não lembro qual era).


E hoje como será? Com a palavra as novas gerações.

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