Padre Fernando e o meu tio então Padre Didi.
Aproveitando duas belas imagens recentes das igrejas delmirenses (cedidas por Heitor, Jane e Felipe, meus amigos no orkut). Vamos mesclar então com o resgate adaptado de um post de 27 de dezembro de 2005, publicado no blog anterior, cujo tema era o Monsenhor Fernando. Ele foi o grande responsável pela construção da nova matriz que levou longos anos para ser erigida. E enquanto isto ele celebrava suas missas na antiga igreja da vila.
UMA FIGURA HISTÓRICA DELMIRENSE: MONSENHOR FERNANDO.
... Alguns anos depois, fora convidado para capelão da igreja o jovem padre Fernando Soares Vieira, que fundou a festa de Nossa Senhora do Rosário na igrejinha da vila, aonde celebrava as novenas e missas de encerramento. O trecho de texto acima foi retirado do site da prefeitura.
O post é curtinho. Atendendo uma sugestão da Sandra de Eurico, para lembrarmos de uma figura importante da história delmirense. Falamos do famoso Monsenhor Fernando. Creio que ele batizou, fez a primeira eucaristia, casou e por fim deu a extrema-unção(hoje benção dos enfermos) a quase todas as famílias católicas de DG. Há uma placa na igreja indicando a data de seu nascimento e falecimento. Acho que ele foi sepultado na própria igreja que tanto se empenhou em construir. A foto do pequeno acervo familiar e que ilustra este post é de 9 julho de 1961. Portanto uma raridade, afinal tem 47 anos. O Padre Fernando (senhor calvo à direita) era o paraninfo de ordenação da primeira missa rezada pelo seu amigo e então Padre Heliomar(Didi), meu tio, e que poucos anos depois deixou o hábito e resolveu constituir família.
Com a palavra os leitores. O que você tem de interessante para contar sobre ele? Quais as suas lembranças? Ainda está no fundo da gaveta aquela sua foto clássica, com carinha angelical, vestindo uma camisa branca de mangas compridas e gravatinha azul e segurando na mão direita uma vela?Ou as meninas com suas saias plissadas e blusinhas brancas de mangas bufantes. Manda para cá.
12 comentários:
César, tenho uma foto assim, bem do jeitinho que você falou na minha primeira comunhão em 1977, como o saudoso Padre...rss. Quando li o famoso livro de Adalberon Cavalcanti Lins, alagoano de Palmeira dos Índios, "A Saga de Delmiro Gouveia - O Ninho da Águia", Editado pela Sergasa, Edição esgotada, li que, salvo engano, a "igreja velha", ou de N.S. do Rosário, teria sido inaugurada em 1926, pelo sócio de Delmiro, o italiano Lionelo Iona, em homengaem ai pionero que segundo a mesma fonte, era devoto de Maria. Sabe, tô escrevendo e lendo esse blog hoje ao som de Rita Lee, uma canção chamada "JOSÉ", aliás, belíssima canção, a melhor já gravada por ela, uma música francesa que ela fez versão no longínquo ano de 1970.Juntando com Maria, mãe de Jesus, deu certo né? Além de me trazer uma nostalgia profunda, me fazendo lembrar os velhos e bons anos 70, para mim, os melhores de todos os tempos em DG!!.
Ah, já ia me esquecendo: quem quiser conferir a música, visite este site: http://br.youtube.com/watch?v=cyj2_Wmx5Z4
César, agora me ocorreu uma idéia interessante. Vamos indagar aos nossos amigos, qual ou quais músicas faz lembrar Delmiro Gouveia? Taí um tema ainda não debatido, pelo que me lembro...rss
César, agora me ocorreu uma idéia interessante. Vamos indagar aos nossos amigos, qual ou quais músicas faz lembrar Delmiro Gouveia? Taí um tema ainda não debatido, pelo que me lembro...rss
O Padre Eliomar Queiroz Mafra, vulgo Didi, nasceu em DG, a 26/12/1934, e a partir de fevereiro de 1963 foi para a cidade de Pão de Açúcar onde manteve seu paroquiato até 17/01/1967, em virtude de licenciar-se do Ministério para constituir família. Já o Padre Fernando Soares Vieira nasceu em Limoeiro, município de Pão de Açúcar, a 24/09/1905. Recebe o Diaconato a 03/11/1928, chegando a DG em março de 1929; possuindo o Título de Monsenhor faleceu no dia 01/10/1999, está sepultado na Igreja Matriz. David
A Igreja Matriz foi construída praticamente às suas custas, cuja pedra fundamental fora lançada em 1953, porém a construção teve início apenas em novembro de 1955 e a inauguração oficial em 28/11/1978. A Igreja da Vila foi construída a pedido da esposa do sócio do DG, que era devota de N.Sra. Rosário, a cargo do engenheiro italiano Luigi Borella, em 1918, com a inauguração provavelmente nesse ano ou em 1919. Em breve será tombada pelo Governo alagoano, cujo processo está bastante adiantado. Por David
Grato ao David pelas informações históricas trazidas. Creio que boa parte dos leitores(inclusive eu)não tinha esta precisão exata das pessoas e datas citadas.
Parabéns David. Estou vendo que você continua ligado nos fatos históricos. Um dia desses revirando meu depósito de CDs deparei-me com aquele cheio de raridades do Correio da Pedra que você me deu.
Essa foto de Didi me fez relembrar a data de sua ordenação sacerdotal. Foi a primeira vez que presenciei alguém tirar fotos com flash de lâmpada. Bem diferente dos atuais flashes era preciso trocar a lâmpada a cada vez que se tirava uma foto. Foi um festão a ordenação de Didi, a cidade parou. Afinal de contas era o primeiro padre nascido da cidade.
padre fernando,figura lendaria,a
lembrança que tenho era ele antes da acelebração, dando voltas em torno
da caçada da igreja fumando o seu cigarro continental sem filtro,e a
sua batina longa e preta, onde eu jamais o vi sem ela.já no interior
da igreja via nele um homem severo,
amavel e disciplinador.
a minha esposa mexe muito comigo pelo fato em eu afirmar que lembro opadre celebrando missa em latim,e
como tambem lembro meu pai me colocando no trem,eu pegando um bigú(carona)do centro até a estação da pedra.
e olhe que sou bastante jovem,porque no amigos não tem velhos
tem pessoas com a mente refrigerada e sã.caçula.
Por isso que digo: estou velhinho - eu era bem pequeno quando conheci Didi ainda seminarista com a tradicional batina preta, magrinho... Conheci também o pai dele, seu Antônio Imaginário, avô de César. - Quanto ao Padre Fernando a casa dele e a da minha família, na vila operária, ficavam quintal com quintal. Cheguei a conhecer a mãe dele, dona Custódia e também dona Maria Francisca, uma espécie de governanta da casa, figura queridíssima que acredito tenha falecido antes do padre. De vez em quando eu ia na casa do padre para ver o fabrico de hóstia pelo sacristão Bilu e às vezes por Argemiro Batalha. Acredito que Monsenhor Fernando tenha recebido homenagens e títulos da nossa cidade, pois teve a sua vida dedicada à nossa terra, desde a juventude.
Paurílio eu não cheguei a conhecer o meu avô.
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