sábado, 14 de março de 2009

Par de Jarros

Havia naqueles tempos o estranho costume de vestir exatamente iguais os irmãos. Não sei se era por uma questão cultural onde se procurava dar um tratamento igualitário ou seria por medida de economia mesmo. A isto se dava o nome bastante apropriado de "Par de Jarros"

Creio que a meninada perdia um pouco de sua individualidade. Mas acho que ninguém sabia o que era individualidade mesmo. Então creio que não ficaram grandes traumas capazes de deixar o hoje senhor(a) quarentão/cinquentão desfiando seus problemas no divã do analista.

Nestas imagens de hoje resgato uma postada em 2007 e que foi enviada pelo Edvaldo Cavalcante. E as outras são mais uma colaboração do Eduardo Menezes.

Nas fotos do Eduardo há algo que fez parte da história de quase toda criança delmirense e quiçá do país inteiro: o velho e bom sapato conga. Quem não calçou um que atire a primeira pedra?

Então vamos lá: Você algum vez se sentiu meio diferente, constrangido e esquisito? Ou achava tudo bem natural sair de "par de jarros" com seu(s) irmão(s).

Agora é com vocês.


Eduardo e Ricardo(Praça Delmiro Gouveia/1971)
Eduardo Menezes em 1971
Ricardo Menezes em 1971
Edmo e Valdinho Cavacante anos 70

12 comentários:

Anônimo disse...

César, eu me livrei dos tais pares de jarro, pois não tinha outro irmão, mas minhas irmãs se enquadraram nesse hábito, inclusive em uma de minhas colaborações aparece e também na mesma Praça.Puxa, que fotos muito bem conservadas. Eduardo, na segunda e terceira fotografias, ao fundo aparece o que hoje corresponde ao muro da fábrica? Que legal e também fiquei impressionado com a verdadeira "floresta urbana" que havia na Praça Delmiro Gouveia...rss.

Eduardo Menezes disse...

Quando enviei essas fotos não me passou pela cabeça, nem por longe, que iria gerar uma postagem com esse título. Só agora, depois de quase meio século, me dei conta de que já fui um “par de jarros”, rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsss.
Lembro que a gente sempre se vestia igual nos passeios familiares oficiais, mas nunca tive problema com isso, era uma atitude natural dos pais. Talvez, quem sabe, aqueles que eram filhos únicos ficassem chateados por não terem irmãos para formar um par de jarros.
O sapato Bamba, que foi o precursor do tênis, era o preferido de toda a criançada. Para os eventos mais importantes eu usa o social Vulcabrás.
Observando a postura de Edmo e Edvaldo (antigo Valdinho ou Gordo e atual Edvaldo Júnior) É impressionante como as como as coisas mudam e ao mesmo tempo permanecem as mesmas.
Andre,
Ao fundo das fotos o que aparece é mesmo local do muro da fábrica, nessa época não tinha nem a cerca de arame farpado que foi colocado antes da construção do muro. Se você ficou impressionado com a “floresta urbana” da praça, precisa ver as outras que mandei pra césar, tem uma verdadeira “floresta amazônica”, rsrsrsrsrsrsrsrsss.

César Tavares disse...

As fotos da praça realmente estão muito boas. André eu consigo lembrar da praça assim.

O Eduardo lembrou da antecedente basqueteira bamba 727(era 727 mesmo). A bicha era bonita. Mas depois do conga a "coqueluche" foi o ki-chute. Inclusive foi tema postado no primeiro blog.

Agora se a moda de par de jarros pegou na casa do Danubio Oliveira deveria ser um tanto engraçada. Afinal eram 8 irmãos.(Danubio, Murilo, Danilo, Gerilo, Berilo, Calosman, Blesman, Remi e Renato). Será que acertei todos os nomes?

Ô_Ô Fernando Informática disse...

Eduardo Menezes... Vi seu perfil no orkut. Tive uma lembrança sua, VC em Delmiro, tinha um chevet, preto?. Morava no Bairro Novo?


abraçoss

Eduardo Menezes disse...

Ô_Ô Fernando,
Era eu mesmo, mas o chevet era cinza.


César,
Eu me enganei quando citei o Bamba, eu queria dizer o conga mesmo, o que está na foto, acho que a meninada toda usou na época.
Eu me enganei porque tem uns cinco anos, mais ou menos, que comprei um Bamba vermelho no Armarinho de jacira em Delmiro por R$ 5,00, tava tanto tempo na loja que a borracha, originalmente branca, estava amarelada, rsrrrss. Eu uso esse Bamba quando me visto de Falcão (o internacional do Ceará) no carnaval, quem tiver a curiosidade de ver tem fotos minhas vestido de Falcão e de Bamba vermelho no Orkut.

Ah!!!
Eu também tinha o Ki-chute, rsrsrsrss.

Anônimo disse...

César, dos nomes dos irmãos do Danúbio você só errou um. Não é Berilo e sim Erilo.Que eram uns gatos por sinal.Beijos em todos eles e muita saudades. Kelinha.

Anônimo disse...

Caro César. Uma foto da minha família já foi postada no Blog (não me lembro bem quando foi) onde a combinação não foi bem as roupas mas dá p/ver nitidamente que a sincronia ficou por conta das sandálias "havaianas" todas compradas com o propósito de nos deixar bem na foto. Naquela vidinha simples que vivíamos, quando a família se reunia seja qual fosse a razão, tava aí um motivo de celebrar com uma Foto. Ainda bem que graças a essas "referências" temos tido assunto p/ papear e relembrar daqueles bons tempos.

César Tavares disse...

Pois é Danubio esta fotografia que vc cita esta no site em hpg. Eu até pensei em colocar ela por aqui. Mas vcs não estavam de "par de jarros".

Agora não sabia que vcs abalavam "corações adolescentes" ali pelas cercanias da venda do Rosalvo Souza.

Anônimo disse...

Caro César: Acho que a Kelinha não diria a mesma coisa se nos visse agora. Eu pelo menos nunca fui gato e hoje depois que o peso dos anos se alojou em meus ombros poderia dizer que passei de coiote p/ Urso velho.

Anônimo disse...

É Danúbio. O tempo não passou só pra você. Afinal são quase trinta anos. Mas o importante é que temos saúde. Kelinha.

César Tavares disse...

Cóf cóf cóf...saúde eu? Este negócio de saúde é asselhado quando o cabra é feio que dói e as pessoas dizem: "fulano tem uma grande beleza interior". rs

Kelinha é só para descontrair. Olha querendo enviar material(fotografias e textos para serem postados no blog basta entrar em contato via email)

Grato pela participação

Anônimo disse...

All is well that ends well.