quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Abrigos Delmirenses: Ciço Gobeu

Abrigo de Ciço Gobeu 1973: Ricardo Menezes e Nechico ao balcão.
Abrigo de Ciço Gobeu em 1974: Eduardo Menezes, Edmo Cavalcanti e Nivaldo Cantuária

Olha aí o assunto rendendo um pouco mais. O Eduardo Menezes complementa o post anterior trazendo duas raras imagens dos primórdios do famoso abrigo do Ciço Gobeu.

E ainda teremos alguns mistérios a desvendar:

Quem é o rapaz não identificado?
Qual bebida os garotos estavam a degustar?
O que estes então meninos fazem hoje em dia? (Esta acho que sei a resposta. Mas deixo em aberto para os leitores)

E você que detalhes das imagens chamou sua atenção? Olhe direitinho para os cartazes na parede.

E agora vamos ao email do nosso colaborador:

César,

Tô enviando duas fotos do "Abrigo de Ciço Gobeu" tiradas em 1973 e 1974, onde vendia o famoso doce feito pelo "velho barbudo das unhas grandes tipo Zé do Caixão.
Os personagens que estão na foto de 1973 é Ricardo Menezes e Nechico, já falecido, foi atropelado lá pelas bandas de São Paulo. O rapaz que vai passando não lembro o nome mas era bastante conhecido, estava sempre perambulando pelas ruas, também foi atropelado, um caminhão pegou ele no centro de Delmiro pouco tempo depois da foto. Os da foto de 1974 sou eu, Edmo Cavalcante e Nivaldo Cantuária.

Eduardo Menezes
Onde houver fé, que eu leve a dúvida.




Agora é com vocês.


Abrigo do Ciço Gobeu em junho de 2007

Como já dito antes o blog não tem regras fixas. Portanto resgatei um post de 14 de julho de 2007, que versa sobre o mesmo tema. E o melhor traz uma imagem de outro ângulo mas do mesmo local passados trinta e três anos das enviadas pelo Eduardo. É interessante que possamos fazer as devidas comparações. Vamos ao material enviado então pelo Paulo da Cruz.

César,

No momento estou sem tempo para escrever um texto que descreva esse ponto turístico/gastronômico/etílico da nossa Macondo. Como tive oportunidade de fotografá-lo recentemente, agora em junho deste ano, talvez só com a publicação da foto já seja suficiente para se iniciar uma boa rodada de comentários saudosistas de antigos freqüentadores. O bar do Ciço Gobeu sofreu uma série de reformas e estã com excelente aparência. Talvez alguém possa comentar também sobre uma placa de inauguração postada ao lado, junto a um pedestal ainda sem busto. O que diz esta placa? De quem será o busto? Por que ainda não foi colocado lá?

Paulo da Cruz.

Agora é com vocês

21 comentários:

César Tavares disse...

Grato ao Eduardo por mais estas colaborações. Pessoal sempre é bom avisar: para ver as fotografias em seu tamanho original e com maior riqueza de detalhes basta clicar em cima das mesmas que elas abrirão. E aí é só ficar esmiuçando os detalhes. Eu sempre faço isto e termino achando algumas nuances interessantes.

Ricardo Dreia Ramos de Menezes disse...

Na foto, estou usando sapatos "última moda". Alguém é capaz de lembrar o nome deles?

Eu não sabia que o Nechico, nem o rapaz à frete, tinham morrido atropelados. Fiquei preocupado.

Alguém é capaz de identificar, pela garrafa, o que estávamos bebericando?

Eduardo Menezes disse...

Hahahahaha.
Calma Ricardo, é só você prestar atenção quando for atravessar a rua, rsrsrsrsss...

Anônimo disse...

Quanto aos sapatos "última moda". seria o famoso "Cavalo de Aço"

Pela garrafa, o que estávamos bebericando? seria "Cajuína"/

Ricardo Dreia Ramos de Menezes disse...

É mesmo o famoso "Cavalo de Aço".

Quanto à garrafa, não é cajuína.
Naquela época eu já enchia a cara, não de cajuína, mas de cachaça.
Não tenho muita certeza, mas acho que se trata de Cortezano.
Eu gostava mesmo era da saborosa Serra Grande.
O Nechico era chegado ao Cortezano.

César Tavares disse...

Talvez na primeira foto seja cajuína mesmo.

Eduardo Menezes disse...

Não, enbora eu gostasse muito da cajuína fabrica por Adão da "A Aquerozina" que vendia no abrigo de Ciço Gobeu. Era cerveja, acho que Brhama. Lembro-me muito bem desse dia, quem tirou a foto foi Claudio Bandeira ele não queria que o seu pai soubesse que tinha bebido cerveja, por isso não quis sair sair na foto.

César Tavares disse...

Bons tempos(para alguns) quando não havia placas ou avisos tais como: O Ministério Público avisa que vender bebidas para menores é crime.

Assim como não havia censura nos filmes exibidos nos cinemas delmirenses.

Mas que atire a primeira pedra aquele que não usufruiu destas "facilidades" macondianas.

Mas Eduardo qual seria a marca da cerveja? Uma outra dúvida será que foi o hábito destes meninos bebedores precoces que vieram a influenciar o famoso Ronaldo Macarrão na iniciação ao "mundo da cana" tirando do bom caminho?(risos) Quem desviou quem?

Eduardo Menezes disse...

Como eu disse na postagem anterior, acho que era Brhama.
Rapaz... quando eu conheci Macarrão ele já bebia.
Por falar em Macarrão, tem uma história engraçada que aconteceu no abrigo de Ciço Gobeu. Isso tem por volta de uns 30 anos. Estavam eu, Ricardo, Elias, Geraldo Bocão e mais uns três ou quatro que não me lembro no momento. Já era tarde da noite, ou cedo da madrugada, e o Abrigo encontrava-se fechado, assim como os outros bares da cidade, devido ao adiantado das horas. Estavamos finalizando uma garrafa de pitú sentados na calçada do Abrigo quando alguém, que já estava de saco cheio da noitada, resolveu chutar o copo que estava no chão contendo a última desa da cachaça. Ao mesmo tempo que o pé do sujeito se aproximava do copo, Macarrão colocou as duas mãos na cabeça e gritou desesperado:
- Nãããããããããããããooooooooooo!!! Quebre meu braço, mas não derrame essa dose.
Tarde demais, o copo saiu deslizando no piso de cimento liso, entornando o líquido precioso no final da calçada.
Ficamos todos rindo da ração de Macarrão, enquanto ele resmungava e chingava o autor da tragédia, Rsrsrsrsrss...

César Tavares disse...

Eduardo traz à baila outro nome de figura emblemática da nossa adolescência. E ao mesmo tempo poderá ajudar a desvendar um dos mistérios daqueles tempos: O Geraldo Bocão(tb conhecido como Geraldo de Chico Sanfoneiro) era um mitômano ou um sujeito hiperbólico? Pois as histórias que ele afirmava ter vivido eram um tanto exageradas.(risos). Por andará tal figura?

Convém dizer que o Geraldo era um sujeito super-simpático e querido por todos.

Anônimo disse...

Colegas: Vendo as fotos algo me chamou a atenção e recorro a vocês mesmo: A bebida não seria a famosa MALZEBIER da brahama? Bebi várias na época no bar de zé gavião, Na foto de 1974 aparece ao fundo o MURO DE BERLIN (da fábrica), tenho quase certeza que o mesmo foi construído apartir de 1975, ou seria engano meu? Nechico foi casado com a filha do seu Antonio espôso da D. Izabel? Se foi não gostava muito dele, pois briguei com um irmão dele no campo e depois ele me deu uns cascudos (fomoso) e não existia nem o conselho tutelar para reclamar rsrsrs, e por fim ganhará uma caixa de cerveja quem responder até as 24:00h de hoje o nome ou Pseudonimo do garçon de ciço gabeu da época, um galego das pernas tortas feio e enjoado que só toçinho. ADAILTON

Anônimo disse...

E os colegas desse espaço interativo não estão esquecendo de um outro Abrigo delmirense que era o do senhor Manoel Bispo o então pai do menino Cuca? ele ficava localizado bem próximo ao GVM e era o quase centro de ida e vinda de pessoas das cidades vizinhas.

Eduardo Menezes disse...

Não sei quem era o pai de Nechico, mas o irmão dele chamava-se Bernardo. Eles moravam no Beco Montevidéo, aquele que entra ao lado do Hotel Atalaia, na Rua Vicente Menezes (em frente a Igreja), passa por trás do sobrado do IBGE, antigo INSS e sai na Rua Euclides da Cunha, ao lado da casa de Chico Pereira

Luiz Orleans disse...

O que me chamou a atenção foi o cartaz de um show de Odair José pregado acima da janela de serviço do dito boteco de Gobel. Se o show foi naquele final-de-semana essa turma roeu os chifres no Baile com tanta música romântica para dançar. Em qual dos dois lendários clubes? Vicente ou Palmeirão? Aonde foram bailar? Qual o segredo de Tostines, Eduardo? Outra coisa... Geraldo Bocão reside atualmente em São Paulo. Se ainda trabalha no SBT, e pelo tempo que a gente não se vê, já deve estar se consultando com os mágicos tratadores de Sílvio Santos, o sorridente Sr. Abravonel [risos nossos]. Do correspondente em Soterópolis, Luiz Orleans.

Luiz Orleans disse...

O que me chamou a atenção foi o cartaz de um show de Odair José pregado acima da janela de serviço do dito boteco de Gobel. Se o show foi naquele final-de-semana essa turma roeu os chifres no Baile com tanta música romântica para dançar. Em qual dos dois lendários clubes? Vicente ou Palmeirão? Aonde foram bailar? Qual o segredo de Tostines, Eduardo? Outra coisa... Geraldo Bocão reside atualmente em São Paulo. Se ainda trabalha no SBT, e pelo tempo que a gente não se vê, já deve estar se consultando com os mágicos tratadores de Sílvio Santos, o sorridente Sr. Abravonel [risos nossos]. Do correspondente em Soterópolis, Luiz Orleans.

Anônimo disse...

César, a respeito de curiosidades e detalhes sobre os excelentes registros fotográficos postados, verifiquei um cartaz muito conhecido dos anos 70. Aquela mulher segurando uma pele de onça, tapando os "ZÓIO" da bicha e um sujeito de paletó de braço esticado...mostrava o que hein? Coca-cola?Cinzano? Olha, ver estas fotos foi praticamente uma máquina do tempo...rss

Eduardo Menezes disse...

Geraldo Bocão saiu do SBT faz um muito de tempo. Na última vez que tive contato com ele tava morando no Rio de Janeiro e era um dos diretores da TAM, Tinha uma epresa de transportes de cargas ligada a TAM, tipo uma franquia ou coisa parecida e tinha, também, uma empresa de segurança de empresas em São Paulo. Devido a fama dele de ser um grande mentiroso, qualquer um poderia ficar com "um pé atrás", mas o que estou dizendo foi comprovado quando andei por lá. Eu diria que Geraldo Bocão é um cara que está se dando bem na vida.

César Tavares disse...

Pegando o gancho nas informações trazidas pelo Eduardo relativas ao famoso Geraldo Bocão, será que caberia no caso aquele ditado: Quem tem boca vai a Roma? Legal saber em que o Geraldo está indo tão bem.

Paulo da Cruz disse...

Não tenho muita certeza, posso estar confundindo com outra pessoa, mas creio que sei quem era o Geraldo Bocão. Muito conversador, sempre tinha uma história prá contar. É muito bom saber que ele se deu bem na vida. Quanto ao Macarrão, hoje um sexagenário, sempre o conheci como apreciador de uma boa bebida.

Paulo da Cruz disse...

Nessa foto do abrigo de Ciço Gobeu aparecem: Beto de Mané Monteiro, Zé Bodinho e Carlinhos de Ciço Gobeu.

Anônimo disse...

Boas lembranças, eu lembro que eu nessa época tinha uns sete anos e estudava no Grupo Delmiro Gouveia e estava doida para matar aula e inventei uma dor de dente para não assistir a aula a professora me mandou para casa e eu viciada no doce de leite que vendia no abrigo fui direto para lá. Quando lá estava saboreando o bendito doce, qual não foi a minha surpresa. A professora lá apareceu e me pegou com a boca na butija. Ou será que foi no doce? Fui suspensa por três dias. Cleide