Toda cidade interiorana tem seu “maluco beleza”, geralmente é um tipo boa-praça e querido por todos por suas “loucuras reais” E sendo assim mais uma vez o mitológico Ronaldo Macarrão (Rony Seixas para os íntimos) volta a ser tema do nosso blog.
É através do Eduardo Menezes que nos envia uma excelente sequência de imagens. Mas ele não nos contou a história toda. Apenas nos disse que foram tiradas em 1979 e no dia em que o nosso personagem embarcava para São Paulo e dizia que iria tocar na banda do Raul Seixas e, para tanto, um bando de “amigos” fizeram uma festa de despedida.
Apenas por uma das pessoas que aparece na foto vou fazer uma inferência que talvez tenha sentido, mas poderá ser contestada numa boa.
Veja bem: Em algumas fotos aparece o não menos famoso Gilmar Vieira, conhecido como “Cabeção”. Ora, o Gilmar terminou seus estudos em Paulo Afonso em 1976. Portanto, para ele estar em Delmiro Gouveia, deveria ser período de férias, pois ele já havia se mudado para Vitória- ES onde fazia faculdade. Então, estas fotos foram tiradas ou em janeiro/fevereiro ou julho.
E, pelas imagens, deduzo também que o Cabeção deve ter coordenado este evento do bota-fora do Macarrão, pois numa de suas visitas em DG ele adentrou com mais três rapazes carregando o Macarrão dentro de um caixão de defunto em pleno intervalo do sarau no Clube Vicente de Menezes. Ou seja: esta dupla tem muitas histórias para contar.
Como aparecem muitas pessoas nas fotos creio que será possível também comentarmos um pouco. Por exemplo, identifiquei entre outros: o Dodô que morava ali pelos lados da Rua 13 de maio e o Luizinho de Lula Ferro e o Tuxinha que morava na rua do ABC e parece-me que era parente ou agregado do Sr. Eurico(protético). Ou seja: temos panos para mangas. Será que alguém consegue identificar todos os outros delmirenses que aparecem nas fotos?
E, falando em histórias, resgato também logo em seguida um texto publicado ainda no primeiro blog onde há outro fato pitoresco envolvendo o nosso ídolo.
Agora é com vocês. Alguém sabe me dizer quanto tempo durou a aventura do Macarrão em terras paulistanas? Obteve sucesso em sua empreitada? Voltou contando histórias interessantes? Enfim deixe o seu recado.
O DIA EM QUE BEATLES SOUBERAM DA EXISTÊNCIA DA CIDADE DE DELMIRO GOUVEIA.
Texto de Paulo da Cruz.(Texto original postado em 04 de julho de 2005)
Texto de Paulo da Cruz.(Texto original postado em 04 de julho de 2005)
A letter from UK to Mr. Ronald(Uma carta do Reino Unido para o Sr. Ronaldo “Macarrão”
Foi na década de 60, aproximando-se dos seus meados. Roberto Carlos estava iniciando sua carreira de sucesso e os Beatles já faziam um tremendo sucesso.
No Bar do Maninho e na Sorveteria do Zé Raul, quase vizinhos, sempre se ouviam as músicas de sucesso sendo tocadas, principalmente na sorveteria onde tinha uma coleção de discos dos Beatles. Essas músicas, seu sucesso e o próprio conjunto eram objeto de conversas no Bar do Maninho. Ronaldo “Macarrão”, nome derivado da sua silhueta, já tinha nessa época veleidades de baterista.
Em uma dessas conversas ele manifestou a vontade de escrever uma carta para o Ringo Starr, mas, como mal lidava com o vernáculo isso era impossível para ele. Aí que nos surgiu a idéia de escrevermos a carta por ele. A carta ficou pronta com o auxílio de Edvaldo, de Seu João “do Jogo”, que dominava a língua inglesa com maior desenvoltura. O “Macarrão” não se fez de rogado e postou a carta para a Inglaterra. Qual não foi a nossa surpresa quando meses depois chegou uma resposta. Enviada pelo fã-clube de Ringo Starr, a missiva agradecia a lembrança do delmirense em se pronunciar a partir de um país tão distante o Brasil.
Foi aquele rebuliço, como se diz em DG, as pessoas cercando o “Macarrão”, querendo saber o que dizia a carta e passando a tratá-lo como pessoa ilustre. Afinal ele tinha recebido uma carta dos Beatles. Na verdade do fã-clube de Ringo Starr. Naquele momento o Ronaldo “Macarrão”, todo pachola, virou-se para o pessoal, e com toda a “autoridade” de estava investido naquele momento disse: “Vou mandar outra carta pedindo uma bateria a ele”.
Essa imagem, passados tantos anos, de tão forte ainda continua gravada na minha mente. Não sei se o Ronaldo mandou essa carta, acredito que não, e nem sei se ele ainda lembra-se desse fato, mas o certo é que naquele dia ele teve os seus 15 minutos de fama.
Foi na década de 60, aproximando-se dos seus meados. Roberto Carlos estava iniciando sua carreira de sucesso e os Beatles já faziam um tremendo sucesso.
No Bar do Maninho e na Sorveteria do Zé Raul, quase vizinhos, sempre se ouviam as músicas de sucesso sendo tocadas, principalmente na sorveteria onde tinha uma coleção de discos dos Beatles. Essas músicas, seu sucesso e o próprio conjunto eram objeto de conversas no Bar do Maninho. Ronaldo “Macarrão”, nome derivado da sua silhueta, já tinha nessa época veleidades de baterista.
Em uma dessas conversas ele manifestou a vontade de escrever uma carta para o Ringo Starr, mas, como mal lidava com o vernáculo isso era impossível para ele. Aí que nos surgiu a idéia de escrevermos a carta por ele. A carta ficou pronta com o auxílio de Edvaldo, de Seu João “do Jogo”, que dominava a língua inglesa com maior desenvoltura. O “Macarrão” não se fez de rogado e postou a carta para a Inglaterra. Qual não foi a nossa surpresa quando meses depois chegou uma resposta. Enviada pelo fã-clube de Ringo Starr, a missiva agradecia a lembrança do delmirense em se pronunciar a partir de um país tão distante o Brasil.
Foi aquele rebuliço, como se diz em DG, as pessoas cercando o “Macarrão”, querendo saber o que dizia a carta e passando a tratá-lo como pessoa ilustre. Afinal ele tinha recebido uma carta dos Beatles. Na verdade do fã-clube de Ringo Starr. Naquele momento o Ronaldo “Macarrão”, todo pachola, virou-se para o pessoal, e com toda a “autoridade” de estava investido naquele momento disse: “Vou mandar outra carta pedindo uma bateria a ele”.
Essa imagem, passados tantos anos, de tão forte ainda continua gravada na minha mente. Não sei se o Ronaldo mandou essa carta, acredito que não, e nem sei se ele ainda lembra-se desse fato, mas o certo é que naquele dia ele teve os seus 15 minutos de fama.
PS : Eu(César) não conhecia o fato narrado pelo Professor Paulo. Pois cheguei em DG em junho de 1969 com apenas sete anos de idade.E o acontecimento se deu alguns anos antes. No entanto cheguei a conhecer quase todas as pessoas citadas. Achei espetacular o resgate deste fato inusitado. Agradeço ao Paulo da Cruz pela colaboração na manutenção do blog.
E aí você leitor o que está esperando para também enviar o seu causo? Faça o seu registro. Resgate a memória popular da sua cidade
Tuxinha, Macarrão e Miltinho.
Miltinho, Macarrão e Gilmar Cabeção
Gilmar Cabeção(provavelmente o mentor do embarque) e Macarrão
Turma toda. Entre eles: Cabeção, Bocão, Dodô,Luizinho,Miltinho...
Entre outros: Gilmar Cabeção e Geraldo Bocão
Entre outros: Tuxinha, Miltinho e Luizinho
Despedindo-se de sua santa mãezinha.
16 comentários:
Mudei para Maceió em 1978 p/continuar os estudos e trouxe na mala e na cabeça muitas lembranças saudosas de Delmiro Gouveia. Naquela época eu adolescente, na minha primeira grande experiência fora de casa, com muitos sonhos e planos a realizar,pensava em voltar um dia e encontrar uma cidade diferente, daquele mundo no qual estava acostumado a viver. Meus pais, irmãos, amigos, o Ginásio, a fábrica e seu apito, os Saraus aos sábados, (programação infalível para desopilar da rotina da semana) tudo me trazia uma saudade danada mas tinha que seguir em frente.
Naquele tempo as idas e vindas a cada mês era quase uma obrigação para não cortar de vez o "cordão umbilical" e as chegadas eram comemoradas quase que como uma festa... nos Saraus. A 'discoteca' era a moda. De vez em quando "Os homens de ouro", "Reginaldo e sua banda". "Ronaldo Macarrão" e sua performance de dublè; por isso, fiz esse arrodeio todo; "Ronaldo Macarrão, esse era o cara: A principio nem acreditei que um sujeito de tão longe iria "tocar com os Beatles" ( imaginem só me disseram que ele iria p/inglaterra visitar os monstros sagrados com passagem paga e tudo mais) eu confesso que aquela banda que eu nem sabia o nome direito era muito ouvida e adorada por uma legião no planeta inteiro. Ora a banda havia acabado por volta de 1970 apesar de muitos insistirem em dizer que " O SONHO NAO ACABOU' e fazerem torcida por um desmentido (quase dez anos depois) os sopros das manchetes mundiais demoravam muito para chegar aos rincões do Brasil e em DG. não seria diferente. Vibrei bastante que aquela carta enviada meio que sem propósito, tenha alcançado uma notoriedade tão grande. Vibrei com aquilo tudo, ( a carta, a viagem, a curiosidade da volta dele) mas acho que aquela foi uma grande jogada de marketing para promover aquele sensacional show do caixão funeral até hoje comentado.Passaram-se 30 longos anos e algumas coisas mudaram realmente: A cidade é outra, as histórias podem até ser contadas em doses maiores ou menores mas os personagens, ah esses continuam os mesmos embora um pouco desgastados.
Aqui em Maceió, tem uma banda bem versátil chamada 'CACHORRO URUBU' que faz shows porretas. Meses atrás fizeram um Tributo ao Raul Seixas no Iate Clube Pajuçara que foi um sucesso de lascar. O Ronaldo iria gostar de ver que como ele ha muitos fãs pelo país afora que mantém viva a imagem do Raulzito.
"Ronaldo Macarrão patrimônio Delmirense". Sempre me deparava com essa figura no calçadão de Delmiro, próximo a antiga agencia do banco progresso. Uma Figura popular e encantadora, o Macarrão sempre era cumprimentado por muitas pessoas, que não perdiam a oportunidade para pedir uma performance do Ronaldo Macarrão Seixas. Agora onde o macarrão morava, q rua? q bairro?, como ele chegou a delmiro? São questões que gostaria de saber, visto que essa figura faz parte e representa a cultura popular Delmirense.
Abraços
Bem próximo ao Sindicato dos Trabalhadores na Industria de Fiação e Tecelagem; próximo também da casa do Zé do Carmo (aquele do Bacalhau); próximo também da casa do Cica (aquele da moto antiga); quase vizinho do Sr. Virgílio (dos Correios); próximo também da D. Lindaura Pacífico (aquela que vendia leite) e próximo também da minha casa: era ali na rua Delmiro Gouveia que morava ou mora ainda o Ronaldo Rony Macarrão Seixas.
Danubio desta geografia acho que só não bate direitinho a casa de Seu Vírgilio.Visto que ele morava na casa aos fundos do prédio dos correios. E isto fica na José Bonifácio. Mas poderíamos incluir no quadrilátero onde morava o Macarrão a casa de João Marcelino(na esquina);
Na foto aparece um garoto chamado Miltinho. Não consigo lembrar direito dele. È o mesmo que era chamado de "Sapinho". Ou Sapinho era outra figura?
Do Tuxinha lembreo que era um bom goleiro. E do Dodô que era um exímio dançarino nos saraus do Vicente. Luizinho de Lula Ferro era bom em matemática;
Amigos, informo com muito pesar o falecimento do nosso amigo e colaborador, Ivã Balbino ocorrido em Olho D'agua do Casado ha cerca de 20 dias. Só agora, agorinha mesmo soube através do meu irmão Gerilo que era muito seu amigo. Grande colaborador e divulgador do Blog, deixa muitas saudades e uma legião de amigos.
Ô Danubio realmente uma triste notícia. Não conheci o Ivã pessoalmente e sim através do blog. Grande colaborador e entusiasta da idéia. Uma pena. Lamento. Transmito meu pesar(tardio) para seus parentes e amigos.
Em 29 de janeiro deste ano o post foi por conta do Ivã.Texto e imagens onde ele falava sobre a casa de D. Natercia.
É com grande tristeza que recebo essa notícia, Ivã era amigo meu de infância. Quando o conheci ele já tinha tido a paralisia infantil, não conseguia ficar de pé e andava com as mãos no chão, depois fez uma cirurgia nas pernas em um navio chamado HOPE (ou coisa assim) e passou a andar de pé com ajuda de moletas e aparelhos nas pernas, depois de um bom tempo deixou de usar os aparelhos.
Era grande apreciador do Pink Floyd e do Led Zeppelin...
César,
Se não me engano Miltinho era filho de Milton Bossista, morava na vila operária. Miltinho faleceu ainda novo, acredito que 2 ou 3 anos depois dessa foto.
Sapinho é outro sujeito. Lembro de dois irmão dele Lobo e Jegue (parece piada, rsrsrsr), um dos dois irmão, acho que o Jegue, teve uma morte um tanto trágica. Ele trabalhava enrrolando cadeira de de bananço de ferro com aqueles tubinhos de plástico chamado macarrão. Sua morte se deu ao carregar uma cadeira, sem o macarrão, pois ainda ía enrrolar, andando de bicicleta quando levou uma queda e um ferro da cadeira entrou na cabeça.
Sapinho descobriu depois de grande que era filho de maninho Cabação. Ele aparece em primeiro plano da primeira foto do ensaio do Bafo da Cana, do post anterior.
Boa tarde Cezar Estou realizando um trabalho para a prefeitura de sua cidade e estou com dificuldades de encontrar o brasão de armas da cidade e o logo da prefeitura atual vc poderia me ajudar ????
Desde ja obrigado
Fabio São Paulo
arquivos@gruponp.net
Fábio eu não moro em DG há muitos anos. Talvez algum leitor daqui possa te ajudar. Boa sorte
César,primeiramente, também lamento a morte de um dos nossos amigos virtuais, pois também não o conheci. Com relação ao menino que aparece junto dos rapazes, assim que vi, fiquei meo na dúvida se era Miltinho, mas agora confirmado por Eduardo. Lembro-me bem desse menino, acho que era doente mental e tava sempre por perto de toda aglomeração que se formasse ali na Rua 13 de Maio, sempre observando as pessoas no mais profundi silêncio. Mas ele tinha uma coisa que o deixava "famoso" no meio da meninada: imitava boi e vaca que era uma beleza, a gente pedia e ele sempre fazia. Só acho que não chamávamos ele por Miltinho, acho que tinha um apelido, mas não me lembro agora qual.
Fábio,
Talvez eu tenha o que vc tá querendo, só peço um tempo pra procurar. Até a próxima sexta darei uma resposta.
pensei que este tópico aqui renderia mais comentários. Pois há muita gente conhecida nas fotos. Mas a cada dia que passa diminui o número de leitores/comentaristas.
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