sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Bar da Tripa: Acidente Geográfico Delmirense.


Nestes dias para quem anda muito assustado com a tal gripe suína. Vamos resgatar um post de agosto de 2006. Onde falávamos do famoso Bar da Tripa(de porco)


Quarta-feira, Agosto 16, 2006

COMO UMA IGUARIA DELMIRENSE VIROU ACIDENTE GEOGRÁFICO


Vamos lá a tarefa é árdua. Falta assunto. Ninguém envia nada novo. Somente promessas. Então haja puxar pela memória e ir procurando encher lingüiça com fragmentos de memórias delmirenses. Tudo isto em nome de manter o blog dando suspiros de vida.(pode ser que apelando assim o povo mande alguma coisa)risos.

Então o post de hoje será sobre uma iguaria nordestina também bastante apreciada na nossa Macondo Sertaneja : Tripa de Porco de Assada. (hum tem gente lambendo os beiços).

Como se prepara a danada? Fica o desafio lançado para os poucos visitantes darem as suas receitas nos comentários.Em Delmiro Gouveia, o Zé de Gordinho (por sinal um sujeito mais para alto e magro) montou uma sorveteria-bar que inicialmente tinha um nome qualquer (não lembro mesmo qual). Estabelecimento pequeno. Poucas mesas e cadeiras, umas três prateleiras com uns litros de cachaça e rum e um freezer. Tinha também um balcão envidraçado onde se podiam ver alguns salgadinhos e os famosos ovos coloridos. E numa das paredes havia um desenho feito a lápis num papel onde era retratado o cantor Martinho da Vila.

Mas o bar ganhou fama mesmo foi o com o seu tira-gosto principal: Tripa de Porco Assada. A fama do prato incorporou-se ao nome do estabelecimento. Então todos o chamavam de Bar da Tripa.

Não sei se o bar ainda existe. Mas a sua exata localização geográfica nos anais do IBGE consta como pontos de referência: a esquerda do Grupo Escolar Francisca Rosa da Costa e a direita da casa do seu Zé do Curtume. Em sua frente na face leste tinha a casa do Ézio Rocha e logo um pouco mais a frente a casa dos irmãos Canutos(Zezinho, João Neto, Givaldo, Gilda(casada com Reginaldo do Conjunto), Zezinha....) e dava de fundos para a casa do Rapou. E seguindo pela rua do bar e dobrando a esquerda chegava-se no point do High-Society delmirense: O Clube Palmeirão.

Era bastante comum nos intervalos dos bailes à rapaziada dar uma fugidinha e ir se deliciar com tão requintada iguaria. Obviamente que não dava para descer a seco. Então uns copos de cerveja ajudavam na descida da bicha até o bucho. Imagino que os que deixavam as namoradinhas aguardando no baile tinham alguma dificuldade para as beija-las depois. O bafo não deveria ser algo tão agradável.

Em tempo: O que falo é só de observação. Naqueles tempos eu ainda não tinha idade para beber. E muito menos dinheiro para degustar uma tripinha.

Agora é com vocês a missão de continuarem. Alguma receita especial para tripa de porco assada? Ou você hoje em dia é um controlador fanático de colesterol? Conheceu o Bar do Tripa? Ele ainda existe? Conhece alguma história que se passou por lá?

Então deixa seu recado por aqui.

21 comentários:

Lima 51 disse...

Olá César, não sou um controlador fanático de colesterol, não Conheci o Bar do Tripa nem seis dizer se ele ainda existe? Mas sei que uma tripinha de porco torrada de entrada é uma ótima pedida, vale muito a pena.

Forte abraço.

César Tavares disse...

Este post ficaria arretado se o Eduardo que é um desenhista profissional fizesse um croquis da área. Fica a sugestão.

Lima há anos que não como uma tripinha de porco. Saudades tb. Mas o controle de colesterol não me permite certas extravagâncias.

Paurílio disse...

Questão de gosto não se discute. - Portanto, assim como a piaba ou o terresmo, uma tripinha de porco bem cocrante com farinha e uma caneca de café, é uma delícia.

Anônimo disse...

Paurílio, ainda bem que no início do seu comentário vc mencionou que gosto não se discute, mas eu trocaria a caneca de café por uma SKOL bem geladinha. rsrsrs
Adailton

Anônimo disse...

César é uma pena que não tenho fotos, mas alem do bar da tripa que sem dúvidas era o mais famoso, tinha visinho de sua casa (fundos) o famoso bar do PALMEIRAS, sob a administração de Abel Manteiga, que tambem servia iguarias como: A bisteca de porco e a famosa tripa muito consumida pelos torcedores do clube, inclusive eu. Ali alem das cachaças ainda ouvíamos os lendários: Carlos Alberto (de joelhos),vicente Celestino (O ébrio), Ari Lobo (Último pau de arara) e tantos outros.
Adailton

DANUBIO DE OLIVEIRA disse...

olá amigos acabo de ser informado e convidado pelo Dr. Cleiton Alves para o "Encontro internacional dos Amigosdedelmirogouveia" que acontecerá no dia 17/08/2009. No encontro serão discutidos vários assuntos, entre eles o aniversário de 32 anos da turma de 1977. Teremos uma palestra de abertura com direito a apartes e em seguida em carreata iremos até Pariconha onde será realizada uma confraternização. Aos interessados por favor deixem recados no blog ou façam contato com o César Tavares para outros esclarecimentos.

Anônimo disse...

Danubio o Cleiton enviou email convidando-me. Mas infelizmente não poderei participar.Grato pela lembrança.

César

Anônimo disse...

Adailton. O bar era do Abel mas o Lada seu irmão quem tomava conta durante o dia. Já escutei muita conversa naquele pé de balcão. Os operários saiam da fábrica e sempre paravam por lá para tomarem uma. E muito futebol era discutido. Dos cantores além do que vc citou ouvíamos tam´bem bastante os clássicos: Balthazar, Fernando Mendes,Altemar Dutra, Lindomar"Gatilho" entre outros. É por lá tb tinha "tripinha assada" sim.

César

Eduardo Menezes disse...

César

Ontem comecei a fazer um desenho, com base na planta do IBGE, da região de localização do Bar da Tripa, aliás, bares, pois existiram o Tripa 1, Tripa 2 e o Tripa 3. No entanto o destino reservou coisa melhor. Cheguei hoje em Delmiro por motivo de trabalho e fico por aqui até sexta e já entrei em contato com Zé de Gordinho. Aguarde que virá coisa boa.

Anônimo disse...

Este é o indomável Eduardo. Mas nao se preocupe em fazer um croquis exato não. Seria até legal introduzir alguns elementos propositalmente erroneos para estimular os cabras a corrigirem.

Mas vamos aguardar.

César

Anônimo disse...

O nome do bar me desinspira a comer lá! huaheuaheuahea

=)
Saudade.

Anônimo disse...

Gosto dessa tripinha com cuscuz de milho, ainda quentinho, com aquela manteiga de garrafa deslizando aos poucos... Prato suculento! David

César Tavares disse...

David só faltou dizer e um cafezinho daqueles que nem se coa(deixa apenas o pó assentar)

Luiz Orleans disse...

Retorno a esse espaço virtual de uma confraria, de amigos conhecidos e anônimos, depois de alguns tantos dias em minha casa, no município de São Gabriel, encrustrado no sertão baiano. De lá, como muita dificuldade, pois o acesso à Web é muito lento, ainda busquei notícias novas no nosso Blog. Hoje, me deparo com mais uma resenha sob o Bar da Tripa, e que saudade...! Com 42 anos a gente pensa duas vezes ou mais em comer tal iguaria. Apesar de ser magro (desde todo o sempre, risos), procuro evitar exageros como esse de comer uma tripinha de porco frita. Mas, por ser algo tão elevado à condição de ícone, numa atitude de reverência, assim que eu puder dar um pulinho na Macondo sertaneja, acorrerei a essa iguaria regada a uma boa cerveja estupidamente gelada. Minhas saudações a todos e todas, com um forte abraço, do exilado Luiz Orleans.

Luiz Orleans disse...

Desculpem o erro, mas "SOB o Bar da Tripa" é demais... Escrever e não re-ler dá nisso. Mas, aproveitando, bem que soa elegante, até porque o Bar é coisa do passado, e sob os escombros jaz.

Unknown disse...

oi, César.
Sou o Iremar de Paula.
Você é irmão do Marcos?
Morei em DG na década de 70. Estudei no Vicente de Menezes, tomei banho na passagem, corri de Brasileiro, morria de medo de Tarzan, ouvia o PRPC - Ponto Regional de Propagandas Comerciais, ajudei seu Sebastião na feira, li Jacques Douglas e, provavelmente, todos os livros de bolso do Marcial Lafuente Estefânia. Estudei com Risalva, o delegado - inclusive - escapamos das aulas durante um período, porque apareceu um professor de karatê, e podíamos optar por suas aulas. Fui amigo do Hélio, porteiro do Cine Real, e varria o cinema em troca de entradas gratuitas. Lembro-me de um sujeito que transportava compras da feira, desde que, entre as mercadorias não tivesse cebola. Tive aulas de teatro e assisti a Paixão de Cristo no circo do Joval. Meu último endereço em DG foi COHAB 55. Fui vizinho do Polodoro (D. Nitinha, etc.
Sou irmão do Ezequiel, João Batista, Iracema, Walter. Trabalhei na sorveteria de seu Conde. Chupei picolé de biscoito, creme, murici...
Ájudei a espantar o condor nas sessões e Cine Real.Sou filho da D. Teté e Gabriel.
Um abração!!!!!

Anônimo disse...

Tú é corajoso em cara. Picolé de Murici. Ninguém merece.

César Tavares disse...

Discordo do anônimo(quando não tiver cadastro no gmail podo comentar como anônimo mas coloca o nome ao fim do texto. Por vezes faço isto tb).

Mas o picolé de murici eu achava gostoso e ainda ficava uns pontinhos pretos na ponta

Silvana disse...

Olá, o bar de seu Zé de Gordinho chama-se Jardim do Chop e fica em frente ao Banco do Brasil, atualmente este é o endereço do antigo Bar da Tripa.

Anônimo disse...

Jardim do Chopp, atualmente virou uma galeria, Zé de Gordinho, está usufruindo de seu sitio que fica no povoado de Pedrão, que na maioria de seus finais de semana, ficam embaixo do pé de Umbuzeiro que parece uma grande palhoça, tomando umas cervejinhas e umas doses de pitú acompanhados dos grandes amigos, por exemplo Beto de Lena, e a tripinha nunca falta, juntamente com o caldinho de mocotó e o umbú.

Valter Monteiro

César Tavares disse...

Grato pela visita Valter Monteiro e comentário atualizando um dos nossos personagens mencionados. E assim o blog ainda se mantém redivivo.