Estamos novamente numa fase onde não temos mais recebido material novo para nosso blogo. Então para o espaço não ficar parado , estou trazendo algumas imagens em janeiro de 2010, da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário e seu entorno.
Lembro-me ainda desta igreja em construção. Pois morava na rua que fica justamente ao lado. A meninada adentrava na construção para brincar de bang-bang, esconder-se e outras traquinagens.
Quando adolescente era comum nas quentes noites do verão delmirense se deparar com uma turma sentada em sua calçada frontal a tocarem violão e a bebericarem alguma coisa. Os irmãos Menezes(Eduardo e Ricardo faziam parte do grupo). Creio que também a Telmão, Rita, Sandra de Eurico entre outras pessoas faziam também parte do grupo. Talvez o Eduardo tenha lembranças mais aguçadas que as minhas.
E já que estamos na Semana Santa, será que alguém tem alguma historia sobre “Malhação do Judas”? Ou alguma outra historia? Por exemplo: havia um respeito tão grande nestes dias que quase não se ouvia som nas ruas. E quando alguém precisava comprar algo em alguma bodega, era vendido, mas não se pegava em dinheiro nem na quinta ou sexta-feira santas. Talvez estes costumes não existam mais hoje em cidades do interior. Pois nas grandes cidades até supermercados funcionam.
Agora é com vocês.
20 comentários:
Pois é César, não tem material novo, mas não tem importância...fique nos alimentando com material antigo, o que importa é estarmos conversando aqui nesse banquinho de praça.Quero informar que agora no dia 02 de abril comemoramos o aniversário de 51 anos do Ricardo Menezes. Assim que puder, postarei o material do aniversário. Lembro que na semana santa existia um boato que se o padre Fernanado não encontrasse o nome aleluia na bíblia, o mundo acabaria...eu ficava preocupado com aquela história...lembra do boato? Era isso mesmo, homem? Tu, César, que tem memória de elefante...confere essa história?
É verdade, eu me lembro dessa história. Mas eu achava que era no final do ano... Natal... Sei lá.
Eu lembro que algumas pessoas só saiam de casa depois que o padre achava a aleluia, com medo do mundo acabar, rsrsrs...
Desta historia não lembro não. Mas já falamos nos comentários do blog passado de uma lenda urbana que o mundo iria se acabar se quem cavasse na cozinha debaixo do pote e não encontrasse 3 pedras de carvão com as quais deveria escrever o nome de Jesus na porta, estaria com dos dias contados.
Tb lembro de uma outra tradição:
No domingo de Ramos as pessoas levavam para o padre benzer folhas de coqueiro,as quais depois eram entrelaçadas em forma de crucifixo e assim eram colocadas nas portas para seus lares ficarem protegidos até o ano seguinte.
Lembram-se disto?
César Tavares
Pelo visto o padre encontrou o nome Aleluia pois o mundo não acabou. Lembro bem dessa história. Ela costumava aparecer na semana santa, com mais força no sábado de aleluia, dia de enforcar o Judas. Essa era uma tradição que atraia a meninada, ansiosa por ajudar a estraçalhar o boneco de pano. Não tenho muitas informações a respeito mas acredito que essa tradição tenha desaparecido, ou já perdeu sua força, como decorrência de novas modas trazidas pela televisão. É até provável que em DG agora se comemore o Halloween. Será?!
Sim.
Em Delmiro também comemora o Halloween. Quanto ao Judas... O que é isso mesmo??? Rsrsrsrsrsrsrssss
Conheci uma senhora que se "pelava" de medo quando da passagem do sábado de aleluia para o domingo de páscoa, exatamente porque temia que à meia noite o padre não encontrasse a Aleluia, mas, dizia ela, a sorte é que na bíblia do pároco a página interessada já estava marcada com uma fita vermelha e assim a palavra salvadora do mundo era rapidamente encontrada. - Vocês se lembram da MATRACA? Dizem que ela substituia o sino durante o período da semana santa. O sino desperta, traz alegria até, portanto naqueles dias de tristeza ele tinha que permanecer em silêncio, dando vez à MATRACA para chamar os fiéis à missa.
no domingo de ramos sempre após a missa ocorria uma PROCISSÃO em torno da igreja da vila, com os fieis em- punhando reus ramos, que na maioria das vezes eram feitos de palha de coqueiro.
A palavra, o verbo, as gotas de sangue materializadas, lendas urbanas? Creio que muitos se assustaram com essas prerrogativas do "Sábado da Aleluia", que transmitia o ignóbel pavor possibilidade de não se encontrar a palavra ‘Aleluia’ nem os pingos de sangue. Quanto à palavra, sim, estava lá, antes de Gutemberg e sua prensa, escrita a punho; sabe-se com que tinta, até em couros de cabras e carneiros. Já o sangue, uma mancha denotando a antiguidade do volume impresso. Era comum, na manhã do domingo, a seguinte pergunta no seio da meninada de rua: "O padre achou os pingos de sangue?", resposta de sempre: "Sim, achou, uufa!" Mas claro, estamos aqui, o mundo não se acabou, ora bolas...[só para rir um pouco]. De Soterópolis, enviado especial, Luiz Orleans.
Pois é Paurílio, esta parte da fita vermelha era exatamente assim como voçê narrou...ouvi mesmo esta história naquela epóca...quanto à matraca, eu não lembrava o sentido do uso na semana santa. Valeu!
Para alívio dos cachaceiros, Jesus (segundo a bíblia) era chegado a encher a pança de vinho. Por isso, o vinho é a única bebida alcoólica permitida na sexta feira da paixão. Afinal, se o próprio Jesus era chegado a um vinhozinho... Mas, convenhamos, não tem nada pior do que uma ressaca depois de uma bebedeira de vinho. O melhor é liberar a cerveja ou o uisque (em português mesmo).
Só para esticar mais a historia e pegando o gancho no que o Ricardo Menezes falou. Pergunto: Será que o Padre Fernando liberava o consumo de Jurubeba fabricada pelo Adão Queiroz?
César Tavares
Segundo alguns boatos, o padre Fernando era viciado em Jurubeba. Não sei se era a Jurubeba do Adão Queiroz. Alguém tem essa informação? Dizem que na missa, em vez de vinho (de uva), o que ele bebia era Jurubeba.
O que sei mesmo sobre o jurubeba é que, principalmente dia de feira, eu ia pra Querozina olhar os cabras ingerirem a famigerada...achava bonito por que os cabras ficavam com os olhos vermelhos de sair fumaça...depois aquela "discreta cusparada" e o estalar de dedos...e eu só observando... hehehe
Edmo será que no pé do balcão era colocada serragem para absorver as "discretas cusparadas"?
Não, Cesár! Parece que a coisa era boa por que eles sentiam prazer cuspir no chão mesmo! Pelo menos não era no chão da Querozina, era na calçada...algo "cultural", coisa marcante da nossa macondo daquela epóca...hehehe
Olá a todos os meus conterrâneos e em especial para o mentor deste blog, o César. Mas não fiquem tristes pois tenho uma fotografia das antigas que é de um tema pouco explorado da nossa macondo sertaneja, por incrível que pareça. Você irá gostar César. Agora me encontro morando em Teófilo Otoni-MG e não mais no MT. Uma perguntinha: afinal, em quanto tempo ficou pronta a igreja "nova"? Dizem que foram décadas...
André quanto tempo não aparecia por aqui. Fico no aguardo desta fotografia antiga. Afinal o blog anda um tempo sem assuntos "novos";
Olha acho que a igreja nova levou uns 30 anos para ser concluída.
César Tavares
Pois é meu caro, muita atribulação de uns meses para cá, mexendo com minha remoção do Mato Grosso para as "Gerais", conclusão de curso de Direito, Monografia, mudança da sede do trabalho, por aí afora, mas sempre davia uma olhadiunha sem me manifestar...rss
Na verdade a igreja nunca ficou pronta, pelo menos nos moldes que estava planejada. Como perceberam que a conclusão poderia levar séculos, resolveram dar uma enxugada no projeto (se é que houve algum projeto no papel)e a "concluíram". Mas, convenhamos, aquela estátua, sobre a igreja, é de um mau gosto horripilante. Melhor seria ter construído, no lugar dela, outra torre. Enfim...
Se não me engano, foi o Padre Augusto, com carisma e empenho, que alavancou a conclusão. Lembro que com a chegada dele, a frequência aumentou muito, e consequentemente a arrecadação.Foi ele, que no ano de 2007, celebrou o casamento da mana Patricia na igreja de Santo Antonio/Bebedouro.
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