segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Pragas Delmirenses: Potós e afins


O post de hoje é proposto pelo Marcos Lima. Eu apenas complemento com mais duas imagens e um texto devidamente copiado do Wikipédia (vai que algum dos leitores não seja da Macondo Sertaneja e não entenda de que falamos).

Olá César,
Fiz essas duas imagens de Delmiro, uma aparece bem visível a serra de Água Branca.

Não sei se você já teve oportunidade de comentar no seu blog sobre as "pragas" de nossa Macondo, atualmente ela está infestada por GRILOS E POTÓS.

Forte Abraço

--
Marcos Lima

"Nada pode me fazer mal, a não ser que eu permita"



POTÓ
...“Inseto é muito conhecido nas regiões Norte e Nordeste do Brasil onde é temido pois dentro dos seus fluidos existe uma substância - a pederina, que em contato com a pele do homem provoca necrose cutânea. O grande problema é que quando o inseto pousa sobre a pele da pessoa, esta inadvertidamente bate sobre o inseto contra pele, no intuito de matá-lo, justamente o bastante para a liberação da substância pederina, ocasionando assim as lesões de inflamação, formação de bolhas e feridas abertas, geralmente em áreas expostas do corpo, tais como braços, ante-braços, face e pescoço.
O potó é um inseto de hábito noturno por isso a ocorrência de sua queimadura acontece geralmente quando a vítima está dormindo. É no pescoço o local de maior incidência de lesões pelo fato do inseto possuir pequenas asas posteriores, fazendo vôos pequenos. Na face, pode provocar prejuízo maior se próximo aos olhos...”
Fonte: Wikipédia




As minhas lembranças dos tais potós foi uma tremenda queimadura que tive nas costas ao vestir uma camisa e não notar que havia uma peste destas passeando no lado interno da mesma.

Além dos potós havia um outro bichinho mais inofensivo mas não menos incomodo: Lacerdinhas. Quem não lembra deles caindo aos montes em cima das pessoas que ousavam passar por baixo das árvores que ficavam em frente ao Cine Pedra. E não sei porque mas roupas em tons amarelos exerciam um fascínio sobre eles.

Voltando aos potós: Será que o palavra “potocas” (que suponho que seja a fêmea da espécie) derivou a expressão “conversar potocas” para assuntos de menor importância?

Agora é com vocês.

32 comentários:

César Tavares disse...

Grato ao Marcos Lima pela colaboração. E lembramos que para melhor visualização das imagens basta clicar em cima das mesmas.

Eduardo Menezes disse...

Já fui "queimado" por esses miseráveis.

Em uma dessas eras dos potós, eu estava no bar de Chico, que ficava na Rua da Independência, com uns amigos. E Orlando (já falecido), filho de Nivinha estava se vangloriando por matar os potós, que caiam na mesa, esmagando-os com as pontas dos dedos. Como o couro nessa região é grosso não é atingido pelo líquido do dito cujo, mas ningúem se arriscava a fazer o mesmo. Só que entre uma espremida e outra, enquanto conversava, ele passava a mão no queixo, na testa, nariz, orelha... Resultado: No outro dia ele chegou no bar com a cara toda vermelha.

Outros nomes do potó, segundo o Houaiss: bicho-de-fogo, burrico, caga-fogo, caga-pimenta, fogo-selvagem, mijão, papa-pimenta, pimenta, trepa-moleque, tucura.

César Tavares disse...

Eduardo um assunto puxa outro. A expressão caga-fogo tb era usada nos jogos de dominó quando um mais esperto tentava encaixar uma pedra com numeração/marcação diferente das que estavam nas "cabeças"

Lima 51 disse...

Fui apresentado ao "Potó" lá no antigo posto de Maria Bode, como era um trailler ficava bem díficil não ser queimado, impressionante ser atingido por Necrose cutânea, ou seja a pele atingida morre.
Uma coincidência é que eles aparecem junto a safra do feijão.

Quanto as lacerdinhas o ruim é quando elas caiam nos olhos, putz ardia pra cacete.

Quanto aos grilos é outra praga, na ultima viagem que fiz a DG e voltei pra Maceió, vieram alguns dentro da mala do carro e dentro das proprias.

Como ficava acordado algumas vezes lá no Posto Fiscal, teve uma vez que contei entre vinte a trinta espécie de inseto nas luzes dos postes.

Paurílio disse...

Potó - quanto nome esse bichinho leva. É difícil encontrar alguém que não tenha sido vítima de um papa-pimenta. Um desses me deu uma mijada na cara. Pra pele voltar ao normal, é demorado. - Será que alguém sabe a razão do nome "lacerdinha"?

Eduardo Menezes disse...

Por essa eu não esperava...

De acordo com o dicionário Houaiss.

LACERDINHA
Etimologia:
antr. Carlos Lacerda (1914-1977, político brasileiro) + -inha

-------

Ou seja:
Lacerda + inha = Lacerdinha

Agora, o que o Carlos Lacerda tem com a história?

César Tavares disse...

Eduardo sem pesquisar nada pq assim acaba a graça, vai lá um chute: O Carlos Lacerda era um politico conservador, chato e golpista(usou de seu jornal Tribuna da Imprensa para combater o JK e depois o Jango). Por usar escuras era conhecido como o "Corvo". Bom orador. Será pq era "chato e incomodava" muito que fizeram analogia entre o inseto e ele? Lacerda morreu quase no ostracismo, onde foi colocado pelos militares que o cassaram. Ironia é que ele foi um dos primeiros a apoiar o Golpe de 64.

César Tavares disse...

correção: usar roupas escuras.

André disse...

Olha, Paurílio, você acaba de encontrar um cabra que nunca foi mixado por esse inseto, no entanto, fui por outro que apenas o cheiro incoma e não queima a pele: o popular em DG por nome de BUFÃO...aqui no Mato Grosso o chamam de Maria-fedida!.

Eduardo Menezes disse...

Como diria o Jô Soares, "se não for verdade, é uma exelente mentira", rsrsrss. César você deu uma ótima explicação pra relação entre o Lacerda e o Lacerdinha.

Potó... grilo... lacerdinha... bufão...
A coisa aqui tá pior do que as pragas do Egito, rsrsrsrsrs

César Tavares disse...

Falando em outras pragas tb em DG nas últimas vezes que estive por lá notei tb um exagero na quantidade de moscas. Seria uma praga tb? Cadê os tantos sapos que havia na cidade? Havia tantos sapos que alguns meninos "do bem" costumavam colocar os bichinhos numa espécie de gangorra acionada quando se jogava um paralelípedo sobre um dos lados. Então o sapo subia alguns metros e depois do chão não passava.

Alguém lembra de tais cenas?

Paurílio disse...

André, o bufão também é terrível. E ele também dá uma mijada, deixando um odor característico, de longe vc já sabe que o bichinho está na área. Se o mijo do potó tivesse algum odor, como alerta, até que a gente se afastava antes do acidente. Se o bufão deixar a marca dele, por exemplo, na sua roupa, é mesmo que mijada de gambá, demora a sair.

Paurílio disse...

César, nosso amigo Abrahão já disse, certa vez, que este blog é eclético. De potó e lacerdinha já passamos pelo sapo, chegamos ao gambá... Mas eu também dei muito balão em sapo, hoje me arrependo muito, porém não há como consertar o que passou. Esse artifício que vc citou, de lançar o bicho no ar, chamávamos de "capar sapo". Sendo assim, eu capei muito sapo.

Unknown disse...

Lembro uma vez, que indo de Salvador para Delmiro , saltei em Paulo Afonso e peguei o ônibus que ia para lá aí, notei várias pessoas, com quimaduras no pescoço e na face, achei estranho...depois soube que era façanha dos potós em Delmiro. Puxa! morria de medo de ser atacada pelo bichinho,felizmente naõ fui vítima.

César Tavares disse...

Paurílio é pode ecletismo nisto. E palavra puxa palavra. Já que estamos no rol dos bichos: E o tal do cassaco?

César Tavares disse...

Falando ainda no bicho lacerdinha, talvez Eduardo lembre de um rapaz com cabelos longos e que morava ali pelas bandas da Castelo ou da Freitas e que se chamava Lacerda e algumas pessoas chamavam de Lacerdinha.

Eduardo Menezes disse...

Bem, você deve tá falando do irmão de Gemima, as pessoas chamavam de Lacerdinha, cujo o pai era conhecido por Lacerda. Mas, nesse caso não tem nada com o inseto, era nome de família mesmo.

César Tavares disse...

Acho que era este rapaz mesmo. Irmão da Gemima(uma moça loira)e que costumava dançar bastante nos antigos saraus.

Vamos longe heim. Começamos em potós e já estamos chegando em saraus.

Falando em bichos que coçam. Havia algo que não era bicho mas que já ouvi falar, que jogavam pimentas no piso dos locais onde se dançava e dentro de pouco tempo ficava todo mundo se coçando e espirrando. Isto é lenda urbana ou faz sentido?

Eduardo Menezes disse...

Também já ouvi falar nisso, mas acredito que seja lenda urbana.

Mas, como um assunto puxa outro, essa história de jogar coisa no salão me lembrou de outra, que meu pai me contou há um tempo atrás:

O fotógrafo Antônio Lopes era dono do Bar Yolanda (onde hoje funciona o Clube Vicente) e quando tinha baile ele saía pelo meio do salão, entre os casais que estavam dançando, raspando uma vela com um canivete. Enquanto as pessoas dançavam íam pisando e arrastando as raspas de parafina que caiam da vela. Depois de horas de arrastado de sapatos sociais Vulcabrás, no final do baile, o piso tava "brilhando mais do que catarro na parede".

André disse...

Eduardo, pelo que soube, não é lenda não, pois eu tinha um tio que inclusive já falaceu, ele era de Petrolândia, falava que quando moleque, já tinha acabado com muitos bailes jogando pimenta no chão,rsss!

André disse...

Como se faz para deixar o nome da pessoa em azul?

César Tavares disse...

André basta vc criar um email no gmail e assim além de ficar cadastrado no blog seu nome aparecerá em azul.

Paurílio disse...

César, acho que cassaco é o mesmo gambá. Na construção das usinas da CHESF em Paulo Afonso, os homens que trabalhavam no pesado, perfurando os túneis para a passagem da água, eram apelidados de cassacos, talvez pela sujeira que apresentavam ao final de um turno de serviço, com odor característico que o suor deixa.

Anônimo disse...

Paurílio o termo pejorativo tb era usado pelos meninos da rua do Palmeirinha(eu incluso) quando passavam os caminhões que traziam em suas carrocerias as pessoas que moravam nos povoados do Rabeca, Cruz, Lagoinha, Caixão... que vinham para a sede do municipio de DG para "fazer feira".

Os meninos gritavam cassacos para estas pessoas e de volta além dos dedos médios em riste não faltavam elogios as nossas mães.

César

ADEMIR disse...

E de vocês,quem já saboreou a carne do MOCÓ E Punaré?

César Tavares disse...

Ademir eu nunca comi este bichos. Assim como o preá que eu acho que seja o mesmo que mocó. E a sua lembrança é capaz de gerar um post novo no blog. Alguém se arrisca?

Anônimo disse...

Depois de ler várias peripécias dos "meninos" de Delmiro, lembro que eu que não sou menino também já aprontei muito quando menina. Lembro que na cohab onde morava, tinha um gato da vizinha que era o "cão". Cão só pra citar mais um animal. Que não parava de miar, principalmente quando sentia o cheiro de carne, ele miava muito e só vivia na minha casa se roçando nas minhas pernas. Eu que não era

Anônimo disse...

gente, peguei um frasco de desodorante quase vazio coloquei pimenta,tempero e despejei todo o contúdo na boca do gato. Tenho certeza que foi a última "miada" que o bichano deu,coitado. Cleide

César Tavares disse...

Cleide que malvadeza!(risos). Tão ou mais malvado que isto era amarrar "traques" numa ponta de um cordão e a outra ponta no rabo do cachorro.

André disse...

Será que preá e o mesmo que um rato do mato (vamos dizer assim0? Vixe maria...já comi algumad vesez.

André disse...

corrigindo: Será que preá é o mesmo que um rato do mato (vamos dizer assim)? Vixe maria...já comi algumas vezes.

ABRAHAO LINCOLN P.OLIVEIRA disse...

Eita pessoal, que saudade desse nosso papo. Tenho estado ausente por motivo de muito trabalho. mas sempre penso em nosso encontro aqui. Um abração pra todos, em especial para Cesar e Paurilio.