











César Tavares e colaboradores dando continuidade aos blogs anteriores, abrem suas malas cheias de recordações e lembranças dos tempos passados em Delmiro Gouveia, uma cidade do interior de Alagoas, de sua gente e dos fatos do cotidiano. E convidam os visitantes para abrirem também as suas malas, baús, gavetas e álbuns e retirarem: histórias, causos e fotos do passado e do presente delmirense, a nossa MACONDO SERTANEJA. Contato: cesatavares@yahoo.com.br cesartavares62@gmail.com
Em um dos meus favoritos exílios, Belo Horizonte, ouvia muito as músicas do pessoal do Clube da Esquina, delas guardo muitos versos que, esparsos, me orientam cada passo e renovam. Uma frase, justíssima, é: “[...] Hoje não passa de um dia perdido no tempo, e grito...” (Toninho Horta), do mesmo modo que Toninho me assaltou com a idéia de um “azul sem manchas do céu do Planalto Central” [Brasília], motivando-me pôr a mochila nas costas e rumar para Palmas, no Tocantins (1994). Sempre me distanciando, retornando por vezes para alguns períodos de afago doméstico e reembrenhamento na vida e cultura da cidade materna, me estranhando cada vez mais com os espaços reduzidos para se lançar mais nas coisas. E ter que sair de vez, por força das circunstâncias para só retornar fortuitamente de quando-em-vez para matar a saudade, esse monstro que renasce a cada momento e ser perpetua até a morte do ser que a transporta.
O BLOG E SUA DINÂMICA O César Tavares é uma figura que, mesmo não o conhecendo de bate-papo, [apesar de já termos nos visto em Delmiro, não gerada empatia por falta de conversa], tenho um grande afeto e consideração. Comunga de muitas coisas conosco, reproduz as lembranças de várias gerações da Macondo sertaneja por puro amor e pertencimento. Tenho-o como um exilado, um igual, portanto, camarada de claustro. Numa sociedade dinâmica, próspera e capacitada, estaria o Blog e seu coordenador nos Anais da Câmara de Vereadores, pelos serviços prestados à municipalidade. Passaria pelo debate nas escolas do ensino básico ao médio. Volveria Encontros e Seminários, algo que provocados em botequins, regados a cerveja e pinga, com petiscos que só quem comeu e viveu o tempo deles sabem (tripa, buchada, bode assado, peixe do açude ou do São Francisco, etc.).
O fluxo e o refluxo das discussões são pertinentes a quem o visita, provoca e insere assuntos e variedades. Da minha parte, poderia já ter feito muito mais que apenas comentar, mas não disponho de acervo para tanto. Daí, apenas só contribuir com breves artigos, notas e pitacos. Sugiro que o Blog se mantenha sempre alimentado ou realimentado, como espaço cibernético de encontros de exilados ou ausentes, na certeza de que o melhor espaço é aquele que oferece aconchego de calor humano, mesmo que no umbral sem temperatura definida da internet.
Cabe aqui comentar que as estatísticas apontam para uma certa universalidade: Delmiro Gouveia, como expressão de pesquisa e documentação. Imagino que muitas pessoas aportaram no Blog por estarem procurando pelo “pioneiro” coronel Delmiro Gouveia, e quaisquer movimentações com o uso da expressão está colocada como relevância para pesquisa. Com certeza algumas pessoas se frustaram, outras nem imaginaram que encontrariam um Blog sobre fatos passados na urbe homônima. Uns tantos ao perceberem a existência do espaço de abordagens e comentários, ficaram amigos de Delmiro, o Blog. Eu, por minha vez, posto este artigo no Blog http://www.blogspot.luizoleans1984.com.br/, traduzindo o sentimento de que os amigos se encontram no “Amigos de Delmiro Gouveia” para rir e chorar a saudade da sua terra.
Julho de 2010
(Inverno meridional)
Da esquerda para direita: Valfrido(o famoso Estrela), Pedro Belarmino do Moxotó, Edmo Garoto,Zé Reginaldo(dono de um conjunto), Absalão, Frank “Retratista”, Inaldo(Neguinho do Picolé), Cirinho de Zé Panta e Pelinha de Caterê.
Foto e legenda de Miriam Ramos: Está é a única foto que possuo do Primeiro Festival da Música