quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Vila Operária: 258 casas

Isto sim que é uma verdadeira postagem coletiva. Complementando o assunto o Paurilio nos envia email e imagem.

César,

Como estamos comentando no blog a respeito da vila, construções antigas, mapa da vila, etc, dê uma olhada nessa foto que foi publicada na revista Continente-Documento (Recife), de Jul 2003, num trabalho do pesquisador Frederico Pernambucano de Mello, como homenagem a Delmiro Gouveia, na passagem dos seus 140 anos de nascimento. Trata-se, conforme está escito no retrato, da primeira residência do pioneiro, na Pedra. - Observe os pilares como os das casas da vila e alpendres altos na frente e nas laterais, com certeza para amenizar o forte calor daquele sertão.

Paurílio
Recife PE


Ter um blog é algo interessante. Comecei o post "reclamando" da letargia em que o mesmo se encontrava. Mas eis que de repente o tema começa a engrenar e os colaboradores a fazerem comentários enriquecedores. E melhor ainda: a enviarem material complementar. E agora temos algumas plantas das casas da Vila Operária, enviadas pelo David:

"Olá, César, em anexo seguem algumas plantas da vila da pedra. Foram extraídas do livro da Profa. Telma Correia (usp).
Sds, David.


Reprodução artística da rua Rua Barbosa(arte de: Luciano Bispo e pintada na parede de um posto de combustível em Delmiro Gouveia-AL)(extraído de comentário de Eduardo Menezes)


Vamos lá: Cada vez menos assunto, menos comentários e o nosso blog se finando. Mas não custa nada trazer à tona um velho tema já por demais batido.


“Na Vila da Pedra, além da fábrica estava localizada a vila operária, havia cassino, capela, quartel, fábrica de gelo, lavanderias, grandes armazéns e 258 casas.”

Passados os anos poucas casas ainda mantém as características originais. Nesta postagem mesclamos imagens já inseridas em outros textos e acrescentamos outras novas.

Quais suas lembranças?

Rua Rui Barbosa antigamente.(cortesia: Eduardo Menezes)

Cine Pedra(jan/2010)

Rua 13 de maio (primeiros anos do século XX)Rua XV Novembro(jan/2010)
Rua XV Novembro (jan/2010)
Rua 13 de maio(jan/2010). Uma das últimas casas a manterem algum vestígio original.
Rua 13 maio (jan/;2010)
Rua XV Novembro(?) Rua onde morava o Batistinha. (jan/2010)
Rua XV de Novembro(jan/2010)


Rua 13 de maio(jan/2010)
Rua 13 de maio(jan/2010)

Mais algumas imagens de postagens anteriores onde alguma forma aparecem casas da Vila Operária em diversos momentos.

Marilene Medeiros e amigas(inicio dos anos 70)
Confluência das ruas Rui Barbosa e XV de Novembro(cortesia Eduardo Menezes)
Bloco do Pompeu(inicio dos anos 80)

34 comentários:

Edmo Cavalcante disse...

César, 258 casas e 258 telas. Lembro da época em que algumas casas da vila tinham telas nas janelas. Soube que na época do Sr. Delmiro, ele não permitia que nenhum morador deixasse de usá-las. Procede essa informação?

César Tavares disse...

Edmo não sei se procede ou não. Lembro-em das telas tb. Talvez o David(historiador/escritor) nos traga alguma luz sobre isto.

Lembro-em tb que em noites de calor forte, era bastante comum famílias inteiras dormirem nas varandas, tanto em esteiras como em redes.

Anônimo disse...

Cesar, a rua que Batistinha morava, não era a José de Alencar?
Das telas eu não lembro.Mas dos bisacos pendurados nas portas esperando os pãoseiros passarem e deixar o pão eu lembro. Você lembra?. Cleide.

César Tavares disse...

Cleide acho que errei o nome da rua mesmo. Vc tem razão. Isto mesmo: os pães ficavam nas mochilas. Eram entregue assim. E ng mexia. E o pagamento era semanal.

Paurílio disse...

Minha rua, a Rui Barbosa. A parte que aparece na foto é a Rui Barbosa de Baixo. O retrato foi tirado da esquina onde terminava a Rui Barbosa de Cima. Havia um matagal entre os dois trechos. A de Baixo começava com a padaria de Arsênio Freire que também foi dono do sobrado que ainda existe, pertinho do Banco do Brasil. Há mais ou menos dois anos visitei uma velha amiga da minha família, dona Expedita, já bem velhinha, que desde os anos 40 morava na mesma casa nesse pedaço de rua da foto.

Paurílio disse...

Boa lembrança essa de Cleide, sobre as mochilas para o pão. Elas eram penduradas nas portas, por fora, para que de madrugada o pãozeiro colocasse ali o pão do seu freguês. Normalmente eram mochilas branquinhas, dificilmente se via de outra cor. - Sobre as telas: no meu meio eram conhecidas como "empanadas". Então, na vila operária era muito raro se ver uma casa que não tivesse uma "empanada" na janela do seu quarto; assim se evitava que algum bisbilhoteiro lançasse o olhar curioso para a alcova do outro... (Coisas que só vi na minha terra). Devemos relembrar como eram as ruas da antiga vila, suas calçadas com alpendres e a altura das janelas que facilmente poderiam até ser transpostas por qualquer pessoa, se necessário, razão por que se usava a tela - tirava a visão do ambiente familiar, daquele que passava pela calçada.

Edmo Cavalcante disse...

Na minha infância, frequentei muito a Rua XV de Novembro.Tinha uma tia-avó,ela é conhecida pelo apelido de "menininha", que morava lá.Ela é viúva de Luiz Torquato. Dos primos, o que mais eu convivi foi o Gilson, atualmente enfermeiro do hospital. Algúm conhece o Gilson?

Paurílio disse...

César, uma curiosidade. Não sei, situando-me no tempo, quando começaram as modificações das casas da vila operária. Apenas ouvi dizer que numa fase crítica da fábrica, seu Antonio Carlos não podendo manter o mesmo número de operários, começou a dispensar alguns, e como indenização dava a eles a própria casa onde moravam. Daí, então, cada um começou a fazer as alterações no imóvel que agora era seu. - Você saberia dizer algo a respeito? Ou Davi, ou o Prof Paulo da Cruz, Eduardo?

Eduardo Menezes disse...

Segundo meu pai, quando o operário aposentava-se, Antonio Carlos entregava a casa como acordo pela idenização. As primeiras casa a serem modificadas foi na Rua Rio Branco, naquela parte onde fica a casa de Tadeu Mafra.

César, eu tenho um rascunho, que fiz, da planta baixa de uma casa da vila quando estava sendo demolida que ficava atrás do Grupo Escolar Delmiro Gouveia. Vou escanear e mandar pra você.

Paulo da Cruz disse...

Excelente este post. Tanto as fotos quanto os comentários me fazem voltar no tempo e recuperar imagens que não se apagam da minha mente. A foto en preto e branco da Rua Rui Barbosa, de Cima, está muito boa. Ela já mostra o início das modificações que gradativamente foram sendo feitas nas residências. Hoje a Rua Rui Barbosa está irreconhecível. Fotos como essa são a única maneira das novas gerações conhecerem como era a cidade nos seus primórdios. Creio que ela é posterior a filmagem da película Cel Delmiro Gouveia dado que a árvore ao fundo está mais frondosa. Vou utilizar esta foto para mostar com mais detalhes aos meus alunos como era a Vila Operária da Pedra. Fiquei curioso quanto a planta baixa de uma casa da vila. Embora aparentemente elas fossem iguais existiam algumas com algumas diferenças. Eram as casas de esquina. Não todas, apenas algumas. Lembro as casas de Dr. Antenor, Seu Alfredizio Menezes, Pe. Fernando. A maioria no entanto tinha uma sala de estar, quarto, sala de refeições, cozinha e banheiro. Na entrada, porta e janela com empanada que servia para proteger a privacidade sem impedir de todo a entrada de ventilação, notadamente nos dias mais quentes. Não lembro qual a razão real pela qual a direção da fábrica resolveu se desfazer das casas da vila operária. Lembro apenas que o fez, inclusive as casas que a Cia Agro Fabril possuia fora da vila. A Vila Operária da Pedra é um assunto tão interessante, pelo seu valor historiagráfico, sociológico e antropológico que merece mais posts e fotos. Precisamos resgatar toda uma rica história que aconteceu por lá. Era na vila operária que até a década de 60 aconteciam as festas religiosas e profanas da cidade. Afinal de contas tanto a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, quanto o Clube Vicente Lacerda de Menezes ficavam por lá.

Paurílio disse...

Lembremos que o primeiro quadro deste post é um desenho que o Prof Paulo da Cruz mandou para o blog há alguns anos - rua Rui Barbosa. Vejam a fidelidade na semelhança à fotografia que vem no quadro seguinte. O artista é muito bom mesmo.

Paurílio disse...

Como vivo fora de DG há muitos anos, eu teria dificuldade hoje para localizar, por exemplo, a rua 13 de Maio ou a 15 de Novembro, por causa das modificações naturais ocorridas na antiga vila operária. Até mesmo em fotografias, como as que aparecem no blog, eu sinto essa dificuldade. Só ficou intacto mesmo o grande espaço onde está a igrejinha antiga.

Paurílio disse...

No comentário anterior, creio que fiz confusão com nomes de ruas. Citei rua 15 de Novembro, lembrando-me daquela que ficava após a 13 de Maio, já perto do comércio. (Até hoje confundo: 7 de Setembro ou 15 de Novembro?).

César Tavares disse...

Fico no aguardo da planta baixa a ser enviada pelo Eduardo. Devo inserir a mesma, assim que chegar, neste mesmo post.

Só há pouco tempo que soube que a casa de esquina da rua Rio Branco(onde mora o José Pedrão/D.Iracema-pais da Patricia, nossa colega de GVM), foi habitada anteriomente pelo meu tio Adonias Mafra.

O legal do blog é isto. Um postagem despretensiosa com um texto curtinho. E aí vcs leitores pegam o embalo e fazem os mais ricos comentários. Grato a todos.

Paulo da Cruz disse...

Desculpem a minha falha. Grafei erroneamente a palavra historiográfico como "historiagráfico".

Paurílio disse...

Estamos marchando para o centenário desses empreendimentos do coronel Delmiro - a usina Angiquinho começou a funcionar em 1913, a fábrica em 1914 e entre esses anos aí creio que foi construída a vila operária.

Eduardo Menezes disse...

A pintura lá em cima foi feita por Luciano Bispo, no posto de gasolina de Nildo Lima.

Anônimo disse...

Olá, César e demais colegas:

De fato, o post sobre a vila operária é bastante interessante para uma discussão. Bem, de início, é válido informar que a vila começou a ser construída em 1912 e existem divergências na literatura sobre o número exato de casas que a compunha. Alguns informam 258; outros defendem 250; outra corrente 254 e também 256. Desconheço que na época do Cel. Delmiro existisse a tal tela nas janelas, até porque ele mantinha uma guarnição de supervisores pelas ruas vistoriando o interior das casas. Além disso, com exceção da Rua 13 de Maio, nenhuma das outras ruas tinha casa de ambos os lados, ou seja, isso facilitava a visibilidade dos supervisores ao passo que ficavam abertas para o “vazio”. Penso que o alpendre tinha dupla função: tanto protegia do sol e da chuva quanto protegia o interior de quem transitava pelas ruas.

Curioso é que no traçado da vila, tanto os edifícios (fábrica, cassino, etc.) quanto os blocos de casas ficaram estabelecidas em terreno mais elevado, somente as últimas casas da Rua 15 de Novembro (última a ser construída) ficaram num local mais baixo de relevo que as outras. A homogeneidade das casas da vila, com sua brancura principalmente, e dos edifícios construídos para o comércio e funções outras, sugeria aspecto de limpeza, asseio e infinitude. Basta olhar pelas imagens da época o horizonte a partir da Vila, que a sensação é esta: ordem e infinitude.

Outra curiosidade é que a vila era cercada por arame farpado (trazido de Nova Iorque) e os operários solteiros – sem família – não ficavam nas casas, mas fora do arame residindo na Pedra Velha. Quando pesquisei para a elaboração de meu modesto trabalho, encontrei uma referência que sustentava haver em 2002 apenas 31 casas na vila, com algum traço característico de originalidade.

Todavia, para uma atualização desse número, será necessário um levantamento atualizado. Sobre a posse das casas pelos operários, o Eduardo explicou bem.

Por David

César Tavares disse...

Na planta geral há um cassino. Funcionou onde era o Cine Pedra?

A posição do rink tb ficou um tanto confusa. Lembro-me que havia um "cimentado" que era chamado de "rink" mas que ficava entre a igreja, a rua rio branco e ao lado do que hoje seria os muros da fábrica).

Paurílio disse...

César, antigamente muitos usavam esse termo "cassino" referindo-se ao Cine Pedra. - Como na planta, havia, sim, um rink em frente à fábrica, ainda alcancei. Nele, no tempo de Delmiro, aconteciam as festas, com todo tipo de distração.

Paurílio disse...

Uns detalhes quanto à planta da vila operária, tendo sido alguns já comentados no blog: - legenda 9 e 10, uma das residências de Delmiro tendo bem pertinho um curtume. Ele era o "rei das peles", mas como será que suportava o cheiro horrível do curtume? Na outra residência, legenda 14, perto da linha férrea, Delmiro foi assassinado. - Legenda 11-tronco, havia uma baraúna onde eram amarrados e açoitados por um carrasco aqueles que, para Delmiro, cometiam erros gravíssimos. Contam que o tal carrasco tão logo tomou conhecimento da morte do chefe, na mesma noite desapareceu no oco do mundo (quando menino, ainda conheci uns netos do açoitador, residiam na rua Rio Branco). Legenda 19-loja, era a conhecida Casa da Bandeira. Os que escrevem a história de Delmiro, afirmam que na cidade a feira era aos domingos e só começava quando largava a turma da fábrica que tinha virado a noite do sábado trabalhando. Assim, esses operários tinham a chance de chegar no início da feira e não pegar o restolho. O sinal para começar, era o içamento de uma bandeira na referida loja que passou a ser chamada de Casa da Bandeira. Também ouvi da minha própria avó que quando uma jovem ia se casar, pedia a Delmiro autorização para tirar na loja da Casa da Bandeira o tecido necessário para o seu vestido de noiva. Por escrito, ele autorizava e a interessada adquiria as suas vestes, pagando em suaves prestações que vinham descontadas no salário.

Paurílio disse...

Interessante, na planta, a linha férrea que era como baliza, delimitando a área da Cia Agro Fabril. Quando menino, nos anos 50, ainda vi restos da cerca (não sei se a mesma do tempo de Delmiro) que demarcava aquelas terras e ela corria praticamente paralela à estrada de ferro. - Há ainda alguma dúvida quanto a se houve ou não arame (cerca) delimitando as terras da Cia Agro Fabril. Está aí uma prova, na legenda 14-residência de Delmiro, como sendo "fora do arame".

Edmo Cavalcante disse...

Quando criança, estudei no jardim de Dona Natércia(foi ali que praticamente começei a minha vida de estudante).Por acaso, algum de voçês sabe sobre o histórico do prédio onde funcionava o jardim?

Paurílio disse...

Já vi foto da antiga residência de Delmiro no Recife que ainda existe e resiste ao tempo, aqui no bairro de Apipucos. Mas retrato da casa dele, na Pedra, esse que está no blog foi o único que vi. Talvez não seja fácil ou não seja possível se concluir aonde ficava a primeira casa onde residiu DG. Ou esta seria uma das que estão locadas no mapa?

César Tavares disse...

Pergunta: A antiga casa de saúde foi no passado uma residência? é uma construção da época do pioneiro? Pelo que eu lembro acho que sua demolição se deu quando da expansão das atividades da antiga divisão de confecções(calcaria) da Agro Fabril Mercantil.

A dúvida é que pela sua localização e sua arquitetura(com pilastras) acho que seja dos tempos do DG.

PS: Notem é tudo "achismo" meu.

Eduardo Menezes disse...

Resposta:
sim. foi construída na época de Delmiro Gouveia com a finalidade de residência.
Segundo meu pai, um cara chamado José Borba, que era Gerente Geral da fábrica, morou nela na época que Vicente Menezes era o dono. Mas não sabe quem morou lá antes disso.

Paurílio disse...

Alcancei outras pessoas residindo no casarão, a família de seu Curtis. Uns galegões com jeito de gringos.

Eduardo Menezes disse...

Curtis Mitchell (acho que é assim que escreve) era alamão, engenheiro elétrico.

Eduardo Menezes disse...

Ops, era ALEMÃO

Anônimo disse...

Edmo Cavalcante, você fala do Gilson, Filho do Sr. Luiz Torquato,você não soube? Ele faleceu a uns três meses atrás. Estava trabalhando, levando um paciente para Maceió. E no meio do caminho um carro guiado por um policial bêbado, bateu na ambulancia que ele estava.Cleide.

Anônimo disse...

César, não era perto da Rua Rui Barbosa que tinha a sede dos escoteiros? Lembro que o chefe deles que eu me lembro ná época era um Sr. bem negrinho e baixinho do qual eu tinha muito medo, pois o mesmo era muito chato. Cleide.

César Tavares disse...

Cleide o chefe dos escoteiros e prof. de Matemática e Português no GVM era o Waldemar. É este mesmo que vc lembra. A sede dos escoteiros e residência do chefe era nos fundos da casa de esquina da Rio Branco. Na parte da frente era a sede da banda de música comandada pelo Mestre Elísio. O chefe já rendeu algumas boas historias por aqui.

Quem era bastante fã dele e ainda hoje traz na carteira fotografias do mesmo é o Edmo Cavalcante. E parece que o Danúbio Oliveira mantém um poster do mesmo numa das paredes de sua casa.(rs rs rs).

Paurílio disse...

César, a literatura sobre Delmiro Gouveia me atrai bastante. E quando você colocou no blog o mapa da vila operária e as plantas das casas também da vila, fornecidos por David, tudo retirado de um livro de Telma Correia, fiquei bastante interressado no tal livro, fui descobri-lo na Livraria Cultura e o adquiri. A obra é - Pedra: Plano e Cotidiano Operário no Sertão. Telma de Barros Correia é arquiteta, com mestrado e doutorado, é professora da USP. - Também adquiri na mesma livraria, um livro lançado recentemente, com outro tema que me atrai bastante: Estrelas de Couro - A Estética do Cangaço. Excelente apresentação, do escritor Frederico Pernambucano de Mello, com prefácio de Ariano Suassuna.

César Tavares disse...

Boas aquisições Paurilio. E olha aí de repente o nosso blog virou espaço para divulgação de literatura, trabalhos acadêmicos e reportagens que foram publicadas em outros veículos.