A postagem de hoje é mais uma colaboração do André (antes residindo em Rondonópolis/MT e atualmente em Teófilo Otoni- MG).
No seu texto ele cita um monte de nomes de pessoas conhecidas na nossa Maconda Sertaneja. E isto é muito bom, pois, geralmente, enseja mais comentários. E para o arremate final há duas fotos antigas muito boas.
Vamos ao que interessa. E depois é com vocês.
César, aqui está mais uma reminiscência de DG, a Subestação da CEAL. Tema pouco explorado.
Essa foto, segundo meu pai, é de 1968, de quando ele tinha acabado de fazer o concurso de ingresso. Á época, ela era da CHESF (Cia. Hidrelétrica do São Francisco), que em 1975, passou a pertencer à CEAL (Cia. Energética de Alagoas, criada em 1960). Nessa mudança, foi facultado os funcionários continuarem na CHESF ou ficar na CEAL. Quem optou pela primeira, teve que ir trabalhar em Paulo Afonso e outras cidades da Bahia.
Na foto, aparecem meu pai mais ao fundo, a sua esquerda, um operador do qual me falha o nome agora (falha irreparável, deveria ter anotado quando ele me disse...rss) e a sua esquerda, meu tio Carlos, já falecido e que morava em Tacaratu-PE,irmão do meu pai, o qual foi operador de 1969 a 1993, quando então se aposentou. Entre 69 e 1971, ele trabalhou em Olho D'água das Flores-Al, quando então, veio para a Subestação de DG.
Há uma casa no começo do cercado da Subestação que era para o operador-encarregado, que inicialmente ficara com Hugo (começo dos anos 70). Ele fôra para Paulo Afonso, optando pela CHESF, aposentou-se, e me parece que mora no Pará, ou talvez esteja de volta a P.A., não sei bem ao certo. Após sua saída para P.A., meu pai ficou como operador-encarregado de 1975 até se aposentar.
Também foram operadores: Zé de Cristina (falecido, morava na rua Freitas, parte de cima), Cláudio Reis (falecido num acidente num JEEP em Maria Bode , já comentado em Blog anterior), Joaquim de Paiva de Água Branca, aposentado, Antônio Joãozeira, falecido, irmão de Zé Grande, Hélio Jurema, meu cunhado, Rubinho, filho de Benedito Freire da padaria.
Antigamente sempre vinha uma grande equipe de Maceió dar manutenção na rede por toda a região, abrangendo os povoados e nas torres de transmissão beirando a BR. Era sempre equipes muitos alegres e unidas. A rapaziada que vinha, sempre tava indos nos bailes e saraus quando coincidia os fim-de-semana em que eles ficavam. Eu era criança e sempre ia conversar com alguns deles, fiz amizade com um no anos 70, que me considerava um sobrinho. O nome dele era Romualdo de Maceió, não sei mais de notícias dele atualmente.
Em meados dos anos 80, o pessoal de escritório, eletricistas, motoristas, enfim, todo o corpo de funcionários local, se estabeleceu lá dentro do cercado. Mas em meados dos anos 90, fora feito um plano de desligamento voluntário, e muitos aderiram, alguns se deram bem e outros, parece-me que não. Não acompanhei mais de perto porque já não morava na "macondo sertaneja". Assim, o pessoal ficou bem reduzido. A casa que me serviu de moradia, ficou sendo o escritório desde 1985 até os dias atuais. Sendo que, de minha lembrança, antes de 1985, havia sido na casa de esquina da Rua 13 de maio, pertencente a Lourenço.
Uma pequena história: meu pai conta que certa fez, um encarregado da fábrica, não sei se Idelfonso reclamando muito sobre uma falta de energia, adentrou a subestação, ali na cabine de comando, como chamávamos a casinha menor, onde os operadores ficavam, dizendo que a fábrica estava parada e com muitos prejuízos, mas, segundo meu pai, ele se dirigiu a ele praticamente lhe dando ordens, no que meu pai lhe responde: - Não sou seu empregado e a queda de energia não foi por aqui, foi no sistema ELETROBRÁS, a fábrica deveria ter seu gerador. Portanto, o senhor tem é que esperar e não vir aqui reclamar desse jeito. Meu pai disse que ele ficou calado e foi embora...
Agora o desafio é: alguém sabe qual a posição em que foi batida a fotografia? de frente para o Hospital ou de frente para a Rua João Ribeiro (a rua da CEAL)? O que aparece ao fundo da foto?Alguém sabe identificar? Alguém sabe o nome de algum da segunda foto? E meu pai onde está nela?
Na segunda foto, são todos os aprovados no curso para operador de subestação da CHESF em 1968. A fotografia, também do mesmo ano, fora batida em Paulo Afonso, durante o curso de formação. Outra curiosidade: neste concurso promovido pela própria CHESF, ela fez o curso de formação de operador e ainda elaborou as apostilas para os candidatos, mas pelo material que meu pai me mostrou, não tava fácil não. Tinha muita geometria e muitos esquemas gráficos de eletricidade que não entendo ‘patavina’...rs.
Meu pai também me falou que ele e um outro amigos que estudaram muito juntos se preparando para a prova, inicialmente foram divulgados como ‘reprovados’, e eles ficaram revoltados, fizeram reclamação e quando já tinham ido embora, a CHESF fez justiça e mandou uma pessoa localiza-los para comunicar-lhes que eles tinha passado nas primeiras colocações!! Ao contrario de reprovados.
César, eu ia fazer uma coisa mais legal, que era tirar uma nova fotografia de ângulo exatamente igual ao da antiga de 1968 para fazermos uma confrontação, mas aí, passeando muito para lá e para cá, acabei me esquecendo...rss...para compensar um pouco, mandei esta 3ª fotografia que pega um pouco da subestação atualmente.
André.
3 comentários:
Parabéns André, por contribuir com a história da nossa macondo. Quando criança, gostava de admirar a sub-estação. Pelo que me consta, fomos os primeiros moradores do bairro Eldorado. Papai comprou da companhia imobiliária camaragibe um terreno por 500 cruzeiros, parcelado em 12 vezes.O responsável pela venda dos terrenos era o circense Joval Rios. No início, o breu só não era total por que existia um poste com uma luz fraquinha em frente a nossa casa. Pouco a pouco o bairro começou a ser povoado, até ser o que é hoje.
Edmo, por ali tinha muitos córregos em meio a um grande descampado que era, onde havia espaço de sobra para a meninada jogar bola, passatempo preferido, isso tudo até 1980, 82. A cor da água nesse vários pequenos córregos esquisita: meio amerela, emio ferrugem, mas sem poluição. Havia muitos girinos e cabeças-de-prego...eu tinha um certo receio desses bichinhos. Evitava ficar pisando na água. Era um cenário bem rural e surpreendente devido a ser tão próximo do perímetro urbano da cidade, mas que, ao mesmo tempo,parecia distante. Aliás, como sempre acontece, foi tudo lteado e soterrado. Mas acho que uma parte dessa paisagem tinha que ter sido preservada.
André, creio que fomos morar no Eldorado entre 1975 e 1976. Apesar do ermo horripilante, não sentíamos medo de assaltos ou coisas do gênero. Como voçê sabe, naquele tempo dormíamos até de janela aberta. A única coisa que realmente incomodava era não ter vizinhos.Um fato que me chamava atenção é que depois que começaram a construir casas, era quase uma lei, toda casa tinha um baita de um tanque para armazenar água.
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