segunda-feira, 23 de maio de 2011

Infância em Delmiro Gouveia(anos 70): Times de Botão e Futebol com Pregos.

Resgato mais um texto dos antigos blogs e faço aquela customização de praxe. Lembramos aos novos leitores, que a busca pelos textos antigos se deve ao fato que por problemas técnicos do provedor o sistema de comentários deixou de funcionar por um período e depois “apagou” todos os comentários de certo período. E a graça de qualquer blog está justamente naquilo que os leitores o fazem. Portanto entre um texto novo e outro vou aos poucos intercalando, sem nenhuma ordem cronológica, as antigas postagens.




O texto continua a série sobre nossas brincadeiras de infância. Então falo sobre jogos com times de botão de mesa. E agora além do texto poderíamos aproveitar e falar sobre outro jogo com certa similitude: futebol com pregos.

     Futebol com pregos
Futebol com pregos: Uma simples tábus, 22 pregos e uma moeda. 

Logo em seguida “colo” um dos comentários que foram apostos no antigo blog.

Vamos ao que interessa.

COMO A MOLECADA SE DIVERTIA EM DELMIRO GOUVEIA. 
Texto de César Tavares e  postado originalmente em 10/fevereiro/2006

Goleiros feitos com caixa de fósforos


Bastava uma caixa de fósforos reforçada, isto é, aumentando-se suas dimensões: altura,comprimento e largura. Pronto tinha-se um goleiro. Depois com dez botões formava-se a equipe completa. Os escudos que identificava a agremiação eram recortados da Revista Placar. E assim você passava a ser dono de um time de botão. Que atire a primeira pedra quem nunca jogou uma partida acirrada. 



Uma diversão barata, simples e que envolvia toda a molecada delmirense. No período das férias escolares era comum um grupo passar o dia inteiro na casa de algum colega a jogar intermináveis partidas. Tabelas eram montadas. E assim começa um campeonato. Provavelmente cada rua devia ter o seu. 
Times de Botão


Eu me lembro das partidas que disputávamos na casa do Bráulio. Sempre à noite. Fora do horário do expediente dos Correios. Por lá se tinha uns birôs que rapidamente em nossas imaginações se transformavam em Maracanãs, Morumbis e Mineirões. Para a motivação geral troféus eram disputados. Eram confeccionados de isopor e cobertos por papel alumínio retirados de maços de cigarros. O escultor era o Marco (meu irmão mais velho) 

Logicamente que não podiam faltar lances polêmicos e regras de última hora. Tudo isto fazia parte da brincadeira. Brigas eram raras, mas rolavam também. Mas ao final tudo terminava na santa paz e com promessas de um novo campeonato no dia seguinte. O ruim era a mãe de alguém tolerar aquele bando de meninos a fazer algazarra em suas casas. 

Eu apesar de ser torcedor do Palmeiras. O único time que tive foi um Vasco. Cujo maior craque era o Buglê. Um botão igual aos outros. Mas para mim era o melhor: Um goleador nato. Indistintamente todo dono de time escolhia o seu craque também. 


Um time completo
Da turma dos Correios e da Rua da Matriz lembro-me dos seguintes colegas de disputas: Edinho, Ailton de Mazé, Bráulio, Paulinho e do Futrica. Hoje todos quarentões. Notícias deles só do Bráulio. Os outros estão espalhados aí pelo país. 


Ainda se pode encontrar, hoje em dia, em lojas de brinquedos os tais times de botões. O difícil é nestes tempos de internet rápida e jogos cheios de cores, sons e efeitos especiais é encontrar moleque que curta disputar partidas como as que disputávamos. Sinceramente acho que as nossas brincadeiras eram mais divertidas. Ou será saudosismo barato? 
Botões improvisados de jogadores.
Agora é com vocês. E na sua rua ou redondezas como eram disputadas as partidas?Qual era o seu time preferido? E os nomes de seus colegas você consegue lembrar-se de todos? Tinha brigas? Algum macete especial para os botões deslizarem mais rápidos sobre a mesa? E o seu goleiro era montado com quê? Ou vai querer me dizer que nunca jogastes este treco. Conta sua história por aqui também. 
Botão e o goleiro do Santos
Comentário feito pelo João Batista Queiroz em 10/09/2009 no endereço www.amigosdedelmirogouveia2.blogger.com.br

Grande César! 


Ler estes escritos é voltar ao passado de forma feliz. Ainda lembro de minhas partidas de botão com o seu irmão Marcão. Verdadeiramente snto saudades de como tudo era bonito e cheio de esperança. Os amigos eram como nossas lembranças atuais... Verdadeiros e eternos. Tenho verdadeiro orgulho da minha Cidade do passado, de Seu Pedro da Luz juntando as tabocas e as luzes acendendo como um sinal da hora do jantar. As vezes me confunde o significado da palavra PROGESSO e aí vem a pergunta: Será que nosso verdadeiro progresso não estava no passado? Um beijo todos os Delmirenses. 

11 comentários:

Paulo da Cruz disse...

Eu também possui o meu time de botão. Prá falar a verdade era um timeco, um timezinho, pois os botões eram pequenos, nada parecido com aqueles vendidos em lojas, mas funcionava. O importante era brincar. Não lembro se tinha nome, se o tinha devia ser Santos, o time pelo qual torcia naquela época. Hoje, em tempos de internet, talvez essa velha brincadeira tenha perdido a sua atratividade entre a molecada. Se de fato isso ocorreu é uma pena pois a brincadeira ajudava até a melhorar a destreza manual e outras coisas mais. Acredito que esse jogo deve sobreviver nos interiores deste país, onde não tem televisão, internet, etc., dado a sua simplicidade para montar um time. Afinal bastam alguns botões, retirados de paletós velhos, agasalhos, etc. E surgem as partidas, campeonatos e muita diversão. Esse é um jogo que preciso ensinar algum dia para o meu neto.

Anônimo disse...

Paulo bem lembrado estes jogos com "botões de roupas". Os times eram tão bons quanto os botões oficiais. Meu irmão Marco tinha um time destes. Aproveito para inserir uma imagem que ilustra seu comentário.

abraços

César Tavares

Edmo Cavalcante disse...

Para mim, o "cara" em futebol de botão era Márcio de D. Lacir. Ele fazia jogadas incríveis, o time dele passava meses invicto. Desafiava a turma, e eu ia assistir aos desafios. Naquela época ele morava na rua do ABC. Eu, ao contrário, era péssimo jogador de time de botão rsrsrs...então para não dar vexame ficava com assistente técnico do Márcio tsctsctsc

César Tavares disse...

Edmo acho que cheguei a jogar contigo ou vc fazia parte do grupo dos meninos quando ainda estávamos na quinta série e íamos para a casa do Paulo(filho do seu Madureira). Tinha uma área coberta no quintal da casa que ficava com entrada pelo beco da Progresso e quase na esquina da rua da Travessa.

Edmo Cavalcante disse...

Pois é César, bem lembrado! A casa do Paulo, vulgo "ROLO PRETO", mais parecia um centro recreativo. Houve uma época que eu assinava ponto por lá. Além de futebol de botão tinha karatê, futebol,luta livre e outras milongas mais...rsrsrs

Eduardo Menezes disse...

Eu tinha um do Palmeiras. Mas, assim como eu não me interessava pelo futebol de humanos, também não via a menor graça no futebol do botões. Foi só influência da pivetada.

Anônimo disse...

Oi foi a 2ª vez que vi o teu blogue e reflecti tanto!Espectacular Projecto!
Até à próxima

Ailton disse...

Oi Cesar! Que bom relembrar esse tempo! Sem dúvidas o correio foi um ponto muito marcante nas nossas vidas quando criança. Me recordo dos campeonatos que o seu irmão Marcos organizava. Eu tinha um corinthians e um palmeiras e em um desses campeonatos, valendo a taça de isopor revistida de papel aluminio dos maços de cigarros, o meu corinthians disputou a final com o fluminense do João Batista e o ponto alto da final foi que ele exigiu fazer o jogo no campo dele, ou seja, na mesa de jantar da casa da vó dele, com que ele morava. Foi muito fácil, não me recordo o resultado exato, lembro que foi alguma coisa a um, 4 ou 5. Nessa partida ele estava sozinho em casa e eu fui acompanhado de uns 3 ou 4 como torcida, inclusive você estava junto, não sei se você lembra disso. Ganhei na pura pressão da torcida e fomos comemorar o campeonato no correio.
Um abraço a todos e especialmente a você por nos fazer reviver momentos tão bons.

César Tavares disse...

Olá Ailton ! Há tempos sentíamos sua falta por aqui. Não lembrava mais deste jogo em casa do João Batista.

abraços

Anônimo disse...

Ailton não sei se vc viu mas numa postagem coloquei uma foto recente da rua onde vc morava. Acho que aparece sua antiga residência na foto.

abraços

César Tavares

Anônimo disse...

COMENTÁRIO DE MÉRI JORDÃO FEITO NO CHAT DO FACEBOOK E AUTORIZADO A SER POSTADO POR AQUI.

Meri Jordão Méri

Oi César, que coisa magica! Eu não lembrava da sensação de dor causada pela saudade! Vc resume de forma tão brilhante aqueles dias que senti um aperto no peito com as lembranças tão vividas! A Sandra Maysa e minha grande amiga aqui em Maceio. E uma guerreira! Vou passar pra ela as tuas informações. Por favor, se possível, não deixe essa história se perder, pq e linda e e nossa!!!

02:34
Meri Jordão Méri

Eu ainda peguei estrada de barro e o inicio dos trabalhos para asfalta-las. Tinha uma protecaozinha por parte do
Freire e muitas vezes consegui lugar na cabine (pra minha sorte). Andavam também conosco o Márcio e o Moacir. Eu fiz secretariado, tive aulas com o Getulio, comi muitas coxas de frango na cantina, se pudermos chamar assim, do Amor (zelador do colegio 7 de setembro). Também cantei muito com a turma, especialmente musicas da Vanusa, como por exemplo, Sonhos de um palhaço e uma outra tb interpretada por Nelson Gonçalves cujo nome não me vem a memória.

02:36
Meri Jordão Méri

Não consigo lembrar de vc! O César de quem me lembro e o borracha. Perguntei pro Cleiton ele tentou me lembrar mas não deu. seria bom nos encontrarmos um dia desses, todos da turma. Eu adoraria! O carnaval em Delmiro seria excelente oportunidade por causa do feriado.