segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Geografia Delmirense ou Como era o Centro Comercial da “Macondo Sertaneja” nos anos 60.


Resgatamos hoje texto postado originalmente em 21 de março de 2006, quando o blog ainda estava em sua segunda versão. 


Nestes tempos onde podemos ver praticamente qualquer parte do globo terrestre através das imagens via satélite do Google Earth, eis que o nosso colaborador Prof. Paulo da Cruz, usando de sua fabulosa memória nos traz um Layout (planta baixa) do centro de Delmiro Gouveia nos anos 60. E melhor ainda com legendas explicativas. Agora é só matar as saudades da velha guarda delmirense ou tornar conhecido para as novas gerações o pequeno espaço geográfico onde seus avós,pais, tios...se divertiam e sonhavam com um mundo melhor.

Vamos ao texto do Paulo.


GEOGRAFIA DELMIRENSE OU COMO ERA NOS ANOS 60


Centro Comercial de Delmiro Gouveia nos anos 60. Arte: Paulo da Cruz.


Legendas:


1. Açougue Municipal

2. Beco das 7 facadas
3. Estúdio do PRPC
4. Prefeitura Municipal, ou seria o Bar de Maninho?
5. Ateliê* de Lula Braga/Dormitório do Hotel de D. Das Graças (1º andar)
6. Casa de José Balbino (aqui se compravam as passagens para ir até Paulo Afonso)
7. Padaria
8. Tamarineira
9. Escolinha de Dona Maria Pinto
10. Dancing de Zé Lopes
11. Escolinha de Dona Maria Damasceno
12. Bodega de Seu Zé Leite
13. Baixo Meretrício


* Funcionou também aí, concomitantemente com o ateliê, uma venda de comestíveis e bebidas.
Obs.: Atentar para a linha de ferro e as duas balaustradas.

As casas ainda estão lá, embora com outra aparência e seus donos ou moradores já são outros. Não poderia ser diferente, já se vão mais de trinta anos. Os contadores de histórias, sobre fatos que aconteceram nesses espaços, a época eram crianças e hoje são quarentões ou cinqüentões, alguns até já são avós.

O açougue municipal virou a Câmara de Vereadores, a prefeitura mudou de prédio, o estúdio do PRPC (um anacronismo delmirense) não sei onde fica, Lula Braga é apenas uma lembrança para os mais velhos, as professoras Maria Pinto e Maria Damasceno estão ministrando aulas em outras paragens, as balaustradas foram derrubadas, a linha de ferro arrancada, enfim, muita coisa mudou menos o Beco das 7 Facadas. Ele continua lá, intacto a desafiar a modernidade. Se ele falasse, quantas histórias não teria para contar. Histórias inocentes, escabrosas, comprometedoras, e por aí vai. Mas como ele não fala, cabe aos observadores dos fatos, relatá-las, quando forem publicáveis.

Agora é com vocês. Que trelas aprontaram por aí? Faltou algum detalhe que fugiu a memória privilegiada do Paulo?

Qual? Acrescente. Manda também a sua contribuição. Enfim comentem. E se por acaso a memória falhar pode mentir um pouco que ninguém se importará mesmo. Vale tudo.


2 comentários:

Anônimo disse...

A casa onde D. Maria Pinto ministrava suas aulas, ainda pertence a família dela, de propriedade do filho dela Absalão, mas quem administra a residência é o neto de D. Maria, o Léo.

Anônimo disse...

Nasci em Delmiro em 1945...morava na Vila, vizinho ao padre Fernando...era muito amigo da família Camilo...também da família de ILKA...da família de onelio Feitosa...de Zé Pedrão...Dr Antenor...etc.. saudades....tempo bom