Já falamos diversas vezes por aqui sobre a feira delmirense. Ainda em março de 2005, fiz o primeiro post sobre o tema. Depois o André(Rondonópolis/MT) também nos trouxe um texto, e por fim a Jailma(Campinas/SP),colaborou com algumas imagens. Tudo isto está espalhado nos blogs anteriores. Para os mais curiosos é só fazer uma rápida pesquisa.
Agora em janeiro de 2010, após uma ausência de cinco anos, revisitei a feira e por lá fiz algumas imagens, onde procuro captar algumas nuances deste espaço geográfico, humano e social da vida delmirense. Não é muito diferente de outras tantas feiras de tantas outras cidades sertanejas. Mas é a “nossa feira”.
Aproveito para fazer o resgate do primeiro texto do primeiro blog(onde os comentários foram vítimas de um bug)
SABORES DELMIRENSES
Texto originalmente postado em: 03/março/2005.
Tapioca, beiju, farinha de murici, piaba,cará, pé de moleque envolto em palhas de bananeira, bolo mal-casado,ouricuri verde, rosário de ouricuri, fuçura,flau, pão aguado,pão crioulo, umbu, cocada de raiz de umbuzeiro....
Para alguns pode soar estranhos os nomes acima. E para outros até serem palavras desconhecidas. Mas todos são sabores delmirenses. Quase tudo aí em cima se encontra na feira.
A segunda coisa que sempre faço nas raras vezes em que apareço em Delmiro Gouveia e ir à feira. A primeira é cumprimentar os parentes. Dá gosto andar pela feira. Sentir seus aromas, ouvir uma ruma de vozes com sons arrastados e ver as fisionomias vincadas pelo sol inclemente do sertão. Pegar uma provinha aqui outra ali. Experimenta seu moço dizem os feirantes oferecendo seus produtos. E você não pode recusar. É grosseria se o fizer.
Quer conhecer qualquer cidade em suas raízes mais profundas. Vá à feira. Converse com o povo. Eu costumo fazer isto. E você já fez isto alguma vez? Lembrava de todos os sabores aí de cima? E os cheiros? Suas memórias olfativas ainda os têm presentes? O que mais foi esquecido na lista acima? Deixe o seu recado. Partilhe as suas lembranças e experiências conosco.
Agora é com vocês.

Aspecto interno de uma parte da feira.

Pinhas e Cajus

Vista parcial do pátio da feira

Rosários de Ouricuri.

Os traços sertanejos deste senhor e as cores dos artefatos de couro me impressionaram bastante.

Temperos e condimentos

Vista interna do mercado: Ainda persiste o hábito de venda de carnes "verdes" sem refrigeração.

Ex-votos. Arte popular em estado bruto e de excelente qualidade. Meu filho comprou algumas peças. O problema foi esperar o vendedor. Tinha saído para "tomar um caldo de mocotó"

Uma simpática vendedora de massa de mandioca para preparo de tapiocas.

Vendedor de pés de moleque.

Vendedores de miúdos e preparos para buchadas: Nesta área por trás do mercado o cabra que é de fora e tem estômago meio fraco terá dificuldades em encarar o visual.

Por trás do mercado.Não perguntei. Mas pareceu-me ser o espaço reservado para as famosas feiras de troca-troca.

Umbús ou seriguelas?

Vassouras ou "bassouras"?

Pés de Moleque. Pense num negócio gostoso comer um bicho destes acompanhado de um café quentinho

Ouricuris Verde