segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Os carnavais de clubes na cidade de Delmiro Gouveia(anos 1980)

Sempre repito: acho legal isto em nosso blog. Um comenta daqui. Outro dali. E de repente chega uma contribuição para enriquecer ainda mais a postagem. E eis que o Eduardo Menezes nos envia uma outra imagem feita no mesmo dia e local(Clube Palmeirão) mas com novas figuras macondianas. Quem seriam elas? Ele já identificou algumas quando em fevereiro/2010, falamos sobre a lendária "Turma da Fubia" Mas agora é com vocês a brincadeira.

Clube Palmeirão: Turma da Fubia no carnaval de 1981. Quem são as figuras? Clique em cima e dê aquela ampliada básica que facilitará um pouco suas memórias delmirenses.

A postagem de hoje é mais uma contribuição do nosso colaborador Luiz Reginaldo. Texto e imagens tudo é por sua conta. E ele nos traz algo que eu particularmente curto bastante: fotografias onde aparecem diversas pessoas. Pois nestas sempre é possível brincarmos um pouco de tentar identificar todas as pessoas. Será que conseguiremos?

Vamos ao que interessa.


Abaixo transcrevo na íntegra email recebido.


Os carnavais de clubes na cidade de Delmiro Gouveia- Festas tradicionais resistem ao tempo nos idos anos 1980.

Clube Palmeirão
Clube Vicente de Menezes
Clube Vicente de Menezes
Palmeirão



César, boa noite de domingo!


Trago hoje texto e imagens resgatadas nos álbuns da família para possível publicação.

Desde já, muito grato.

Os carnavais de clubes na cidade de Delmiro Gouveia- Festas tradicionais resistem ao tempo nos idos anos 1980.

Os bailes tradicionais de carnaval, geralmente realizados em clubes frequentados por famílias, estão deixando de existir. Hoje, poucos ainda são realizados em Delmiro. Alguns dos mais antigos clubes da cidade como o Clube Vicente e o Clube Palmeirão deixaram de existir ou de ser freqüentados no período momesco.
Atualmente, o carnaval de rua, embalado pela música baiana, frevo pernambucano e outros sons vem tomando espaço na preferência dos foliões principalmente dos mais jovens. Mesmo com esse cenário desfavorável, os amantes dos “bailes de salão” acreditam na força da cultura para a continuação da festa.

Não sei definir com exatidão o tempo de existência de ambos os clubes, o Vicente ou Vicentão como também é conhecido, que fica na rua treze de maio, bem no centro da cidade, junto com o Palmeirão um pouco mais afastado do centro, sempre tiveram os bailes mais tradicionais de carnaval da cidade.

No inicio dos anos 1980, para dar continuidade à tradição, a direção de ambos os clube se uniram em prol de um ideal e organizaram festas para os quatro dias, ficando dois dias para cada um. Para dar oportunidade às crianças de participar da brincadeira, foram realizados também os vesperais.

Ressalto aqui a importância dos bailes nos clubes na época, já que faziam parte da história do carnaval delmirense e, portanto, não entendo como em anos seguintes pôde acabar. Houve histórias de casais que se casaram e construíram famílias depois de se conhecer dentro do salão tanto em um clube como no outro.

Esperando contribuir com este material, tanto escrito como iconográfico (encontrado nos álbuns de fotografias da minha família, o que constituiu pra mim em relíquias em vê-las postadas por aqui) mostrando a festa popular carnavalesca vivida pela sociedade delmirense da época onde mostra foliões em momentos impares de prazer e diversão.

E já que estamos vamos assim dizer a poucos dias do carnaval de 2011, nada melhor do saborear estas imagens de tão animada folia da sociedade delmirense na época. Esperamos quem sabe alguém decifrar as pessoas que aparecem nas fotos.

Abraços.

Luiz Reginaldo.

17 comentários:

Luiz Orleans disse...

Luizinho nos traz uma terna lembrança: as matinês de Carnaval nos velhos clubes sociais da nossa terrinha. Frente a isso ressurge, para narração insólita,um detalhe que sempre me acorre à mente quando lembro desses tempos de Carnaval: a esquisita movimentação dos foliões circundando um totem imaginário como que enebriados pelo calor de uma fogueira espectral - talvez estimulados por uma divindade pagã ainda não assimilada. Esse era o Carnaval de Salão dos clubes delmirenses. Lá, os meninos folgados enlaçavam as cinturas das meninas sem aviso prévio. Sendo amigas descompromissadas, tudo bem, seguia-se a brincadeira; quanto às distantes visões do paraíso infantil, rechaço imediato. Que tristeza assola-me o fato de pouco ter namorado nesse período, as meninas mais bonitas eram disputadíssimas e eu não me considerava da "moda" na pré-adolescência. Aos 43 anos, um garoto com manequim 40-42, poupado de usar dentadura, me sinto feliz e pronto para outros Carnavais. Luizinho-de-Luiz-de-Dom, meu velho, saudade de ti e de outros tantos, a gente não namorava mais se divertia nessa fantástica pobreza, a base de pinga pura e "porradinha", coisas destiladas do Boteco de Lula Braga. Abraço forte,@luizorleans1984, in Twitter, de vez em quando.

César Tavares disse...

Achei a descrição do Luiz perfeita quando diz:"um detalhe que sempre me acorre à mente quando lembro desses tempos de Carnaval: a esquisita movimentação dos foliões circundando um totem imaginário como que enebriados pelo calor de uma fogueira espectral - talvez estimulados por uma divindade pagã ainda não assimilada"

Nunca tinha visto a coisa toda por este ângulo. Mas bate com a crua realidade...Mas mesmo assim era algo tão divertido quanto as milhares de pessoas que ficam fazendo coreografias de mãozinhas para cima e mexendo a cintura ao comando de voz que vem do alto de um trio elétrico. Enfim o povo gosta...rs.

Paulo da Cruz disse...

É o que provavelmente vamos ver em DG agora no dia 31 na passagem de ano quando um trio elétrico qualquer começar a fazer zoada em frente a loja da fábrica. Não esquecer que em DG, a exemplo do que acontece nas grandes cidades, terá a sua queima de fogos, ou de dinheiro. Quanto a isso depende da perspectiva de quem estiver olhando. Eu com certeza verei uma pura queima de dinheiro, não importa quem seja o pagão. Pagão nesse caso não é quem não foi batizado, é quem estará pagando a conta. Rs.

Luiz Orleans disse...

Uma coisa puxa a outra... Se a idéia era comentar sobre o Carnaval agora Paulo observa o Ano-novo. Luizinho, bem como Cézar, Paulo e os demais, devem se imaginar nos Clubes da velha Macondo sertaneja nos primeiros segundos do ano que se iniciará, se não, pensem comigo: tudo quanto é bebum e pré-bebum a abraçar os amigos e amigas, desejando "feliz ano-novo" [sic]. Aquele bafuringa no quengo é sagrada, certo? Até porque o dia começou antes do ano (risos). Saudade! Pena que não poderei receber esses abraços. O bicho pegou para o meu lado com as mudanças de governos, coisas de assessor. Desejo a quem estará por lá um forte abraço; que se divirtam com os seus (e nossos), com paz e saúde. @luizorleans1984, in Twitter, de vez em quando.

César Tavares disse...

Reginaldo parece que tá difícil o pessoal reconhecer as pessoas nas fotografias. Mas vamos lá um "chute" na primeira: Aparecem agachados no lado direito: Lula,Manezinho de Modesto e Nildo de Alfredisio.

Paulo da Cruz disse...

Eu reconheci Aluísio, da EMATER, José Queiroz e Luiz de Dom. Na terceira foto, Luiz de Dom e sua esposa Lourdinha, minha prima. Na verdade o pai dela era primo do meu pai.

Geraldo Cardeal Barros disse...

Meu caro César, quanto a identificação das fotos conseguir identificar algumas pessoas:
1 - Da esq. para direita. Agachados: Zequinha Urias (meu tio),Zeca Queiroz, Sr. Valdemar, Lula Marques,Manezinho de Modesto e Nildo Lima.
Em pé: Reinaldo, ?, Luiz de Dom, Maurilio Aragão,?, ?, ?, Ezio Rocha, Aloísio, Torinha e o último parece ser o João Neto da Casal.
2 - Neco e sua esposa Maninha do INSS e lá no fundo o casal parece ser o Ze Sandes e Nilda.
3 - Só conheço o Luiz de Dom
4 - Manoel Leal de camisa quadriculada e Reinaldo de macacão branco.
Um abraço e ate a próxima.

Luiz Reginaldo Silva disse...

César ! Muito bem colocado a questão de tentar descobrir as pessoas que aparecem nas imagens.

Na foto l entre Reinaldo e Luiz de Dom aparece Zé Leal(falecido em agosto de 1988 e coincidentemente irmão de Manoel Leal na foto 4)

Será que vamos decifrar a garota que aparece entre Nildo (lojinha da fabrica)e Ezio Rocha na primeira foto?

Abraços.

Ricardo Dreia Ramos de Menezes disse...

Olá pessoal!!! Depois de rodar grande parte do Brasil, estou trabalhando em Maceió desde o início deste mês. Estou achando ótimo. Espero passar bastante tempo por aqui. Brevemente estarei visitanto Delmiro.

Edmo Cavalcante disse...

Ampliando a foto 4, dá para identificar Rubinho irmão de Chicos Bar. Ele está na frente da pilastra do lado direito. Eu vivi intensamente esta época carnavaslesca, e sempre achei o carnaval do Palmeirão melhor que o do Vicente.Ao ver as fotos relembro aqueles bons tempos. OK!

Eduardo Menezes disse...

Luiz Reginaldo, eu não lembro o nome da garota da primeira foto, mas tenho uma foto da "Turma da Fubúia" que foi tirada no mesmo dia e ela estava lá, se não me engano ela estava visitando a cidade. Acho que já mandei essa foto para César, em todo caso tô mandando de novo, se já foi postado antes, vale postar outra vez.

César Tavares disse...

Grato ao Eduardo por mais uma contribuição ao blog enriquecendo ainda mais esta postagem.

Eduardo Menezes disse...

Uma pequena curiosidade:
A foto que mandei, que está no topo dessa postagem, foi tirada no Clube Vicente, no mesmo dia em que foi tirada a foto seguinte, no Palmeirão e a "garota misteriosa" aparece nas duas. Naquela época a maioria das pessoas escolhia um clube para brincar o carnaval inteiro, mas a turma da gente brincava nos dois clubes. Como a gente tinha amigos nos dois, então passávamos um tempo em um clube depois íamos para o outro.
E essa garota, que aparece nas duas fotos, não morava em Delmiro. Ela era parenta de uma amiga da gente, que não tô lembrado quem, e nesse dia acompanhou a Turma da Fubúia.

César Tavares disse...

O Eduardo poderia confirmar. Reza a lenda que a turma da Fubúia era uma espécie de grêmio filosófico, literário, esportivo, cultural, musical entre outras coisas seus membros eram todos com fortes convicções abstêmias e que discutiam entre si quais as melhores alternativas para os destinos da Macondo Sertaneja. Lenda? Ou tudo tá errado? (rs)

O Edmo acho que tb poderia confirmar ou desmentir isto tudo.

Eduardo Menezes disse...

Hahahahahahahahahaha!

César, o único interesse dos dos fubuienses era a questão etílica, rsrsrs.

Edmo Cavalcante disse...

É isso aí Dado! O interesse era bebemorar dia e noite. Mas se fosse pra administrar a nossa Macondo, seria em regime anarquista...kkkkkk.

César Tavares disse...

Seria um exercício interessante alguém arriscar identificar todos os personagens da Turma da Fubúia( e das demais fotos) e o que fazem/onde estão hoje?

Vamos lá eu começo: Eduardo e Ricardo Menezes estão em Maceió.