terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Famosas caçadas em Delmiro Gouveia.


O texto hoje é por conta do André. (Rondonópolis - MT). E melhor ainda vem com uma rara fotografia. Ele é um colaborador aplicado. Pois sempre quando vai à terrinha nos traz alguma raridade perdida nos fundos de algum baú delmirense. No ano passado foi o resgate de velhas fotografias do Bacalhau do Zé do Carmo. E hoje ele nos fala sobre um antigo(e hoje condenável) atividade: Caçadas. Ao final ele nos lança um desafio. E aí vamos encarar?


Texto na íntegra de André.

César, ano novo, contribuição nova...rss...

Ao que me lembre esse tema ainda não havia sido abordado, de qualquer forma, espero que os blogueiros gostem!


Famosas caçadas em Delmiro

Pode-se dizer que na nossa Macondo, as caçadas (coisa meio fora de moda e rara hoje em dia) e suas histórias, quase se equivalem as histórias de pescadores, ao que me lembre. É cada “causo”. Dizem que certa vez, Badá (um sujeito gordo e glutão que comia numa bacia e que morava lá na rua Rio Branco), estava juntamente com uns amigos meio que acampados no mato, preparando o assado quando soltou um tremendo arroto que fez com que cachorros há centenas de metros latissem!!...rsss.
Nunca fui de caçar, acompanhava a meninada da rua que ia com suas terríveis “petecas”, nome que parece ser apenas coisa do nosso sertão nordestino, posto que é como se chama um artefato esportivo, utilizado no jogo também chamado "Peteca", de origem indígena-brasileira. A Peteca é constituída de uma base que concentra a maior parte de seu peso, geralmente feito de borracha, e uma extensão mais leve, geralmente feita de penas naturais ou sintéticas, com o objetivo de dar equilibrio ou orientar sua trajetória no ar quando arremessada, mas não na nossa Macondo...rsss...lá é sinônimo de estilingue.
Pois bem, a gente costuma muito ir ali “explorar” pros lados onde hoje estão os bairros Campo Grande e Eldorado, bairro novo em meados dos anos 70 e comecinho dos 80 e também pros lados do Bom Sossego. Tudo era ainda muito caatinga. Eu não caçava nada, não tinha peteca e nem mesmo sabia atirar direito. Tinha pena dos passarinhos (mas não tinha coragem de falar isso), apenas ia junto, mas para andar e ficar no mato, conhecer os diversos tipos de plantas e árvores como: faveleira, xique-xique, juazeiro, facheiro, mancabira e tantas outras. Para mim era uma verdadeira exploração ambiental, ainda que inconscientemente. Mas isso era a molecada, os adultos, “caçadores profissionais”, iam geralmente em caminhões ou nos famosos jipes da Willis. Gostava de prestar atenção nas histórias de Eclésio (falecido) e Deterone, que eram os mais próximos de onde morava.

Com relação à fotografia: obtive de Cícero Pataxa nesta minha recente visita agora em dez/08-jan/09. Ele disse que foi em 1963, e foram caçar lá perto do Inhapi, pelo que deduzi, uns 30-40km de Delmiro. Ele disse que naquele tempo eles apenas diziam: “vamos buscar o Jantar?” e era só ir lá buscar...rsss...bem diferente de hoje, com o desmatamento e o aumento populacional. Peguei os nomes de todos eles que aparecem nesta fantástica fotografia, mas vou deixar um pouco para ver quem reconhece mais gente. Ele ainda me disse que pegaram 25 nambu-pé. Reparecem em todos os detalhes. Vocês sabem onde era essa padaria? A foto mostra a chegada dos caçadores. Em que rua de Delmiro isso ocorreu?vocês reconhecem algum dos meninos que aparecem?

31 comentários:

Anônimo disse...

heheh as grandes caçadas hj esquecidas mais lembradas pelas buscadas no meio do mato hehehe
eu ja fui caçar com meu pai nas terras do meu avo no povoado malhada mais naum encontramos quase nada hehehe

Anônimo disse...

Tiago, quando criança eu já tinha uma consciência ecologicamente correta...rss. Vou identificar o cabra que aparece em primeiro lugar, da esquerda para a direita: Mané Balaga...quem sabe mais algum? Vamos ver quem sabe me dizer onde está "Ciço" Pataxa na foto?

Eduardo Menezes disse...

Já vi o Badá comendo e era mesmo numa bacia. Ele tinha caçado rolinhas, enquanto a gente comia uma rolinha em duas vezes, para degustar melhor acompanhado de cerveja. ele cvolocava cinco rolinhas de uma só vez na boca, mastigava rápido e engolia e lá íam mais cinco... Ô fí-da-peste pra comer.

Anônimo disse...

É muito caçador para uma caçada só. A área da mata devia ser bem dividida para um não atirar no pé do outro. - Se não fosse dito que se trata de caçadores, eu jurava que era uma turma de "sordado de puliça".

Anônimo disse...

Na foto, aparece uma misteriosa padaria. Alguém sabia qual é ou era? E qual localização...eu sei, mas vamos aguardar.

César Tavares disse...

Padaria Confiança de Benedito Freire. Ficava ali quase em frente onde hoje(falo de 5 anos atrás) era a eterna obra do Mercado de Adão na Castelo Branco.

Quanto a foto é uma raridade mesmo e lembra uma "volante" das que caçavam cangaceiros. A caça como esporte ou sobrevivência(para muitos é condenável). Mas quando em DG ainda vi algumas vezes meu avô Augusto sair para caçar com Aristides Preto. Na volta meu avô que já não tinha uma visão muito boa trazia no máximo uma meia dúzia de rolinhas. Enquanto Aristides trazia uma "tonelada". O Ailton por morar quase vizinho deve lembra-se do velho Aristides pelando rolinhas debaixo das algarobas onde hoje é o prédio da prefeitura, toda redondeza dos correios, rua da matriz e os lados da igreja ficavam cobertos com uma nuvem branca de penas.

Anônimo disse...

E ai André que belo registro vc nos traz! A começar pela época então sem falar nas pessoas que estão em pose para ato tão magistral de um fim de dia de uma determinada caçada, sabendo eles que tal momento não se repetiria da mesma forma, e sim de outra maneira e suas possivéis modificações. O caminho é esse.
Abraços.

Anônimo disse...

Lembro sim César e acrescento que na mesma rua tinha o meu cunhado, Antonio Paraíba, pedreiro que construiu a igreja nova, hoje falecido. Este era outro caçador de carteirinha que nao perdia um domingo. Domingo a tarde era uma festa naquela rua, pena voando pra todo lado. Por causa desse esporte, não sei se assim pode ser chamdo, dado os males que causava, tanto ao meio ambiente quanto ao homem, o meu cunhado perdeu o dedo indicador da mão direita carregando cartuchos e mesmo assim continuou caçando. Não quero criticar quem gosta de caçar ou gostava, mas nunca fui adepto, mesmo de estilingue(nossa peteca).
Abraço a todos.

Anônimo disse...

Oi Luizinho, também gosto muito de ver fotografias antigas, pois elas parecem verdadeiras máquinas do tempo, nos transporta para determinada época realmente.Manda as novidades quando tiver para o meu e-mail: andres.n@terra.com.br. Seu Padrinho, Luiz falou-em que você atualmente é professor, é isso mesmo? Saudades do amigo. Você identificou Cícero Pataxa? Ele é o 5º da esquerda para a direita.

César Tavares disse...

André acho que o Abrahão ou o Paulo podem identificarem alguns dos caçadores. Mas adianta aí alguns nomes para gente. Eu já olhei...olhei...e nada.

Anônimo disse...

OK, César: o primeiro, segundo a fonte, chama-se Mané Balaga, depois 2-Antônio Marceneiro(pai de Paraná); 3-Cassimiro;4-Zé do Padre; Ciço Pataxa (o dono da fotografia)...depois ponho mais, ok?

Anônimo disse...

ok rsrsr nem lembro de nenhum mais adorei o post conhecimento nunk e de mais jejejeje ANDRE desculpa a maiuscula mais e pra chamar a antencao quando crianca moravam em del citi com escolas otimas e professores melhores ainda porem meio desligados do mundo sem dar muito valor a conciencia ambiental heheh mais lembrando quando eu disse que naum encontravamos quanse nada e por que a na minha infacia naum se cacava mais por que ja naum existia mais o que caçar como hj mesmo com a preservacao ainda as industrias estao se expandindo muito e tomando o lugar da natureza so meu avo José Inácio vendeu teras na beira do rio que hj sao verdadeiros pomares enormes que ficaram no lugar da Caatinga. adorei comentar sobre o assunto fugindo um pouco do tema mais vamos ao que interresa eu quero saber o nome do resto pra mostrar para o meu tio valdormiro hhehehhe

César Tavares disse...

Uma curiosidade que talvez só o Eduardo Menezes possa esclarecer. Na foto vcs falam no Badá um senhor glutão. Mas pq o César Oliveira além de ser chamado de Pregão por sua magreza na adolescência tb era chamado de Badá? Seria um apelido paradoxal? O Magrox Gordo? Ou teria outra origem. O André por tb ter residido perto do Pregão talvez tb possa dirimir este mistério delmirense. Em caso de dúvida o próprio César Oliveira deveria ser interpelado para esclarecer este fato bastante relevante para a história da cidade.(risos)

Anônimo disse...

Tiago, ainda hoje botarei os nomes restante. Estou no trabalho e os nomes estão numa lista lá em casa.
César, é o seguinte: eu nunca ouvi dizer que Pregão tenha tido também o apelido de Badá. O que talvez possa ter acontecido é a rapaziada ter feito uma ironia, uma brincadeira em certa época devido aos dois serem opostos um do outro e serem contemporâneos. Badá morava na Rua Rio Branco, em frente ao sítio de seu Odilon e era (ou é?ele é vivo?)um sujeito de baixa estatura mas muito atarracado...rss, já César Pregão na 13 de Maio.

Eduardo Menezes disse...

César,
Acabei de falar com Pregão. Não agüentei a curiosidade depois de ler seu comentário e liguei pra ele. Eu disse que não sabia que na adolescência ele também era chamado de Badá e ele respondeu “também não”, rsrsrsrsrsss. Ele admite que alguém poderia até ter o chamado de Badá alguma vez, talvez por contrapor com o aspecto físico do Badá original, mas não tem lembrança disso.
André,
Aproveitei e perguntei a Pregão como está Badá. Ele está vivo e, pasme, “magro que só os cachorros de Abel” (alguém se lembra dessa expressão? Dizem que os cachorros de Abel eram tão magros que quando andavam ouvia-se o barulho dos ossos batendo), rsrsrsrs.
Hoje Badá é um declarado raparigueiro e mora com uma mulher que, antes disso, tinha “traçado” a mãe dela

Anônimo disse...

KKKKKKKKK....Eduardo, tô rindo até agora!Acho que fazia décadas que não ouvia essa expressão!

César Tavares disse...

Eduardo o Pregão tão tá escondendo o jogo.(rs). Talvez assim como eu não gostava de ser chamado de "Lesminha" ele não gostasse de ser o "Badá". Quem o chamava assim era o Ricarti e o Borracha tb o chamava.. Então tentar confirmar com ele.(risos). Afinal esta história é muito importante para os destinos da cidade.(rs rs).

Agora com os fatos novos que vc traz sobre o "Badá" original eu digo apenas "quando crescer quero ser igual"

Anônimo disse...

Bora deixar de labafero e destrinchar os nomes? Bem, vamos lá: 1-mané balaga;2-Antônio Marceneiro;3-Cassimiro;4-Zé do Padre;5-Pataxa;6-Walter de Adauto;7-Manu Balaga;8-Carlos Henrique;9-Agamenon(músico);10-Zé Vieira;11-Adauto;12-Lula Ferro e 13-Nicamilo.
César, você percebeu que as Nambú-pé estão enfiadas nos cintos dos cabras? Estão penduradas...rss

Eduardo Menezes disse...

Agora só falta identificar os meninos que estão em segundo plano.

O terceiro caçador, o Cassimiro, está com a mão dentro da calça? Será que ele pendurou o Nambú-pé no pé do "nambú"? rsrsrsrsrsss...

Anônimo disse...

Eduardo, César e demais,hoje recebi uma notícia bem triste: que faleceu Zé Panta, o que cuidava do bar do Clube Palmeirão e também no Vicente de Menezes. Que descanse em paz.

Eduardo Menezes disse...

Também tenho uma notícia triste. Hoje recebi a notícias do falecimento de Bôsco.

César Tavares disse...

André quando trabalhei na camisaria na seção de expedição havia um senhor chefe do setor de embalagem chamado Cassimiro. Seria o mesmo da foto? Não consigo ver tal semelhança. Apesar que entre a foto e o tempo que trabalhei entre 76/77 há um intervalo de tempo considerável.

Na foto vc tb identifica Zé Vieira. O marido de minha tia Júlia(falecida) se chavama assim. Não o conheci. Quando cheguei em DG em 69, ele tb havia falecido. Seria o mesmo Zé Vieira da foto? Se for é o avô do Fábio Marques que de vez em quando comenta por aqui.

Anônimo disse...

César, tô fraco para responder as suas dúvidas. Quando a escaniei, perguntei a Seu Ciço Pataxa todos os nomes, o local, ano da foto, aí de quebra, tentei ver se conhecia alguém. Seu Cassimiro, esse da foto, morava ali na rua que fica atrás da Igreja Velha(mas é provável que seja o tal funcionário da fábrica), onde hoje em frente está uma espécie de "palco" de concreto na nova reforma ocorrida. Quanto a Zé Vieira, não tenho idéia. Ao colocar os nomes, fiquei esperando alguém da época ou amigo dessa gente se pronunciar para eu também ficar sabendo..hehehe.

Anônimo disse...

André,minha mãe tinha um tio que se chamava ZÉ PANTA e participou do volante que matou Lampião em Angicos mas esse faleceu a muitos anos...esse Zé Panta que se referiu com certeza deve ser outro,né?!

Anônimo disse...

Sim, é outro. Esse que vc se refere, mais famoso, eu tb conheci já bem velhinho. O que faleceu recentemente era um senhor de uns 70 anos, pai de pato(falecido), César "Cebinho", Nona e "Tio", eram moradores ali da Rua Rio Branco, quae em frente à casa de Dra.Pompéia. Zé Panta cuidava do bar do Clube Palmeirão, entre os anos 80 até agora há pouco. Inclusive, em janeiro próximo, eu me enconrei rapidamente com ele em frente ao Ginásio e conversamos um pouco.

Luiz Orleans disse...

Nunca me empolguei com caçadas, acredito que abater um animal pelo mero prazer do ato dito "esportivo" não justifica a ação. A necessidade de se alimentar da caça, sim. Certa vez, precisei ficar até muito tarde na roça da minha família, há 7km da urbe, no Lagedo Baixo, sentido Sinimbu. E lá, me acheguei a um casebre onde moravam umas pessoas conhecidas o qual me convidaram para comer umas "caças", na verdade sua alimentação contumaz, já que viviam de trabalho braçal e coleta em campo. Quanto a Badá, tirei uma foto dele certa vez, em frente a essa propriedade, e ele se irritou com isso. Imaginou que eu iria denunciá-lo por caçar. Ele era, além de glutão, muito atrevido já que andava com uma ferramenta para cortar os arames-farpados das cercas. Se fosse hoje, e na Bahia, entregaria-o a uns conhecidos do IBAMA/Inst. Chico Mendes... Do correspondente em Soterópolis, Luiz Orleans

Anônimo disse...

Olá cesar, gostaria de agradecer-lhe a alegria que senti ao visitar o blog no dia 10 de fevereiro. E que surpêsa! ao notar que na foto dos caçadores {lá no número 9}, estava o meu pai, Agamenon(o musico}. Que felidade! não foi só minha, pois cuidei de espalhá-la para todos os meus irmãos e que por sinal, não são poucos.
O Cícero; assim como sua esposa Osaí,eram amigos dos meus pais.gostaria de poder contatá-los alguem poderia me ajudar?

Anônimo disse...

Oi Cesar, meu comentário seguiu como anonoma, porémmeu endereço é ailzapitaguari@hotmail.com, seria uma alegria muito grande poder se comunicar com essa familia.
Eramos vizinhos do Cicero, eu Ailza, meus irmãos Gaucho e Agabio, nossa casa éra em frente a casa do Sr. Odilom (gerente da fábrica).

César Tavares disse...

Ailza grato pelos comentários. Eu pessoalmente não conheci as pessoas citadas. Mas certamente o pessoal que sempre comenta por aqui deve conhecer e assim trazer notícias para vc.
Abraços

RicBez disse...

o terceiro da foto é o meu Avô Cassimiro Bezerra, me emocionei muito ao ver essa foto, obrigado querido amigo por trazer essa recordação

marcius blogg disse...

vejo meu avo cassemiro bezerra, como foi bom ver essa foto ver ele forte e saudavel